Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

31 de janeiro de 2010

30 de janeiro de 2010

Desumanização

«hoje, trabalha-se mais, paga-se menos»
"não trabalho escravo"

Mesmo ainda antes de o Código do Trabalho vigorar, beneficiando da conivência do Governo, houve empresas que de forma ilegal impuseram um aumento da carga horária.
Foi o caso da PSA Citroen, em Mangualde, onde a situação pode ser caracterizada na seguinte frase: «hoje, trabalha-se mais, paga-se menos». Dito de outra forma, pegando nas palavras do deputado comunista Miguel Tiago, ao mesmo tempo que os «patrões engordam os lucros, empobrecem os que vivem do seu trabalho».
Com efeito, na PSA Citroen, como em outras empresas, chegou-se ao cúmulo de aplicar um banco de horas através do qual é exigido aos trabalhadores que as licenças de paternidade e maternidade, ou as licenças por baixa médica sejam compensadas à empresa com dias de trabalho não pago. «O que é isto se não trabalho escravo, com a permissão governamental do PS?», inquiriu Miguel Tiago, para quem este banco de horas mais não é afinal do que uma forma de reduzir a remuneração do trabalhador, isto é, obrigá-lo a trabalhar ao fim-de-semana pagando-lhe como se fosse dia normal, ou impor-lhe trabalho nocturno e pagar-lhe a «preço de saldo».
«É hora de assumir que este Código do Trabalho institui a desumanização do Trabalho, que é uma nódoa na história do PS, que assim entrega a vida dos trabalhadores de bandeja ao patrão», sustentou o parlamentar do PCP.

Tudo é histórico em Portugal...

É histórico o défice de - 9,6% do PIB;
É histórico o desemprego – 10,3% mais de 700.000;
É histórico o nível de pobreza do Povo Português – cerca de 2 milhões de pobres;
É histórico o ordenado dos trabalhadores – dos mais baixos da Europa;
É histórico os ordenados dos administradores das empresas; bancos, EDP, P.T., C.Geral de depósitos, banco de Portugal, TAP, ETC. – dos mais altos da Europa.
É histórico os lucros dos bancos que, em período de crise, os cinco maiores, (C.G.D.,BCP, Santander e BPI) lucraram no ano de 2009, mais de 5,5 milhões de euros por dia;
É histórico a corrupção, as fraudes e as impunidades de quem as pratica; 
É necessário pôr um fim a este fatalismo histórico, fazendo cumprir e respeitar a Constituição da República;

Só através da luta se pode imprimir um novo rumo e uma nova política de progresso, de liberdade, por uma vida melhor, colocando na História aqueles que são os seus verdadeiros agentes, os Trabalhadores.


29 de janeiro de 2010

ALEGRE, A CANDIDATURA DE UM AVENTUREIRO POLÍTICO

Embora só tenham lugar dentro de um ano, já se antevê que as próximas eleições presidenciais em Portugal darão lugar a mais uma gigantesca operação de mistificação.
Neste artigo, José Paulo Gascão desmonta a campanha em preparação de apresentar o candidato a candidato Manuel Alegre como o político de mãos limpas, de “causas”, e uma encarnação da consciência social e democrática do povo português e dos seus anseios de mudança.
José Paulo Gascão - 29.01.10

28 de janeiro de 2010

Olha o menino do BE - um malandrim na Câmara de Lisboa...


ESCANDALOSO!!!
José Sá Fernandes, um malandrim na Câmara de Lisboa SABIAM QUE este marmanjão custa ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20 880 euros por mês?

Pois é, para sustentar o tráfico de influências desta besta quadrada andamos a pagar do nosso bolso a onze parasitas, entre eles nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador de gabinete, além de um motorista para o vereador, um motorista para o gabinete e um contínuo -- tudo a recibo verde.
Faz? Claro que sim: faz a maior falta a estas 11 encomendas! 
Se não vejamos:
CONTRATO PRESTAÇÃO SERVIÇOS - 11 PESSOAS 
Nome - Função/Origem/Contrato - Categoria/Vencimento (euros) 
Alberto José de Castro Nunes - Assessor (50%) Renovação - 1.530 ,00
Ana Rita Teles do Patrocínio Silva - Secretária (100%) Renovação - 2.000.00 
António Maria Fontes da Cruz Braga - Assessor (50%) Renovação - 1.530,00 
Bernardino dos Santos Aranda Tavares - Assessor (100%) Renovação - 2.500,00
Carlos Manuel Marques da Silva - Assessor (50%) Renovação - 1.530,00
Catarina Furtado Rodrigues Nunes de Oliveira - Assessora (100%)Renovação - 2.500,00
Maria José Nobre Marreiros - Assessora (50%) Renovação - 1.530,00 
Pedro Manuel Bastos Rodrigues Soares - Coordenador do Gabinete (50%) Renovação - 1.730,00
Rui Alexandre Ramos Abreu - Secretário (100%) Renovação - 2.000,00
Sara Sofia Lages Borges da Veiga - Assessora (50%) Renovação - 1.530,00 
Sílvia Cristóvão Claro - Assessora (100%) Renovação - 2.500,00

As chaves do horror

Os sofrimentos arrepiantes por que passa o povo do Haiti despertam, como é evidente, sentimentos de solidariedade humana. Não devemos, no entanto, furtar-nos a recolher e classificar informação do que se está a passar, não na perspectiva da causas das catástrofes naturais, mas a partir dos factos sociais, políticos e religiosos que estão na base da instalação da actual situação de anarquia e miséria num país onde o povo é tratado como se fosse gado.
Quando o castelhano Cristóvão Colombo descobriu a América (1492) defrontou-se com uma nação dos índios Taíno, que pareciam nadar em oiro. Chamavam à sua terra Ayiti. Colombo chacinou os índios, apropriou-se das minas de oiro e mudou para Hispaniola o nome da terra índia. Estabeleceu uma força armada de ocupação e os missionários católicos baptizaram à força os índios escravizados. A ocupação espanhola manteve-se até 1697. Entretanto, dizimados os povos índios, procedeu-se à importação maciça de escravos africanos que garantiram aos senhores europeus a mão-de-obra necessária à exploração mineira.

MENTIRAS! - Portugal um País pobre e sem recursos?

O Governo PS e o grande patronato afirmam que o país é pobre, que não tem recursos, que «os portugueses vivem acima das suas possibilidades». A verdade é outra: os lucros dos grandes grupos económicos – banca; energia; telecomunicações e comércio e serviços – só nos primeiros nove meses de 2009, situaram-se acima dos 3 100 milhões de euros.

E em tempo de crise financeira profunda e com apoios significativos do Estado, os cinco maiores bancos com actividade em Portugal (CGD; BCP; BES; SANTANDER/TOTTA e BPI) lucraram no ano de 2009, mais de 5,5 milhões de euros por dia.

Código do Trabalho para desregulamentação dos horários

«Quando o mundo progride, a tecnologia progride, a ciência progride, não é possível aceitar que aqueles que trabalham e criam a riqueza tenham que regredir nos seus direitos»
«O patronato quer pôr e dispor da vida dos trabalhadores»

Mecanismos no Código do Trabalho para desregulamentação dos horários...

A roupa interior do «bloco central»


«É preciso salvar o capitalismo»: mas salvá-lo de quê? não são as crises inerentes ao sistema? Não estamos vendo como a crise é pretexto para um brutal ataque aos trabalhadores, para cortar nas funções sociais do Estado, diminuir salários, pensões e reformas? 
Esta política de bloco central passa em claro uma questão fundamental: convergência, união de esforços - em nome de quê, em defesa de quais interesses? Os da minoria que o governo protege ou os da imensa maioria por eles espoliada?

27 de janeiro de 2010

Reforma da Política Comum de Pescas - Perspectivas e ameaças


Um tratado que, entre outros gravosos aspectos, integra como competência exclusiva da União Europeia a "conservação dos recursos biológicos do mar, no âmbito da política comum de pescas", propósito tanto mais inaceitável, quando se reforça o poder das grandes potências no processo de decisão da União Europeia, isto é, na ponderação de votos no Conselho (onde os denominados "seis grandes" ficarão com 70% dos votos) e no Parlamento Europeu, que terá poder de co-decisão nas pescas (onde esses "seis grandes" têm mais de 50% dos mandatos).
PCP defende pescas como interesse nacional aqui

O DÉFICE TÓXICO

«É PRECISO CORTAR, DESDE JÁ, O DÉFICE»

«Há uma necessidade imperiosa de reduzir o défice». «Sampaio pede compromissos para combater o défice». «O FMI avisaque pode ser necessário aumentar impostos para reduzir o défice e controlar os salários dos funcionários públicos e adespesa social e em caso limite, uma subida do IVA não deve ser descartada».
«O Governo vai pagar aos clientes do Banco Privado Português (BPP) até 250 mil euros». Para agravar o défice.
«Este ano não haverá aumentos para a função pública para combater o défice afirmou Teixeira do Santos. Os FuncionáriosPúblicos vão perder poder de compra devido ao défice». «Na melhor das hipóteses, para cerca de 700 mil funcionários públicos haverá “aumentos reais zero” então existirá uma perda real nos salários para combater o défice».
«O desemprego vai aumentar em algumas dezenas de milhar para controlar o défice».


«A despesa com a compra dos dois submarinos vai ‘rebentar’ com o défice orçamental em 2010. O Governo é obrigado aregistar este ano 973 milhões de euros, juros incluídos, gastos na sua aquisição e durante 32 anos os custos de manutençãoserão elevados».
O défice defeca, o deficit deformar, o défice definha, o deficit deturpa, o défice difama, odeficit degrada, o défice degola, o deficit defenestra, o défice defrauda, o deficit degasta, odeficit degreda, o défice deflagra.
O défice fede!

26 de janeiro de 2010

A MÁFIA SOCRÁTICA

"Não falimos por um milagre”


José António Saraiva, director do semanário ‘Sol’, revela ao CM que o Governo o pressionou para não publicar notícias do Freeport e que depois passou aos investidores.
Correio da Manhã – O ‘Sol’ foi coagido pelo Governo para não publicar notícias do Freeport?
José António Saraiva – Recebemos dois telefonemas, por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não publicássemos notícias sobre o Freeport os nossos problemas se resolviam.
– Que problemas?
– Estávamos em ruptura de tesouraria, e o BCP, que era nosso sócio, já tinha dito que não metia lá mais um tostão. Estávamos em risco de não pagar ordenados.
Mas dissemos que não, e publicámos as notícias do Freeport. Efectivamente uma linha de crédito que tínhamos no BCP foi interrompida.
– Depois houve mais alguma pressão política?




no coments


Os donos



Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
O operário trabalha na fábrica, recebe daí um pequeno salário, que mal chega para o seu sustento e da sua família.
Para além de arrecadar a mais-valia  do operário, o dono da fábrica também é accionista do banco.
O banco”vende” ao operário o dinheiro para comprar uma casa e cobra-lhe uma percentagem – o lucro do banco.
Mas o operário, tem uns amigos pedreiros e carpinteiros, decide fazer a casa por conta própria – não é problema porque o dono da fábrica e do banco também tem uma empresa de cimento e de tijolos…
O dono do banco, porque é “amigo” do operário, concede-lhe o empréstimo mas o operário tem de fazer seguro de vida, multirriscos, de recheio, etc. Que por acaso as seguradoras também são dele.
E, como operário precisa de se alimentar e sustentar a sua família então, o seu patrão – dono da fábrica, dono do banco, das seguradores – também é o dono do hipermercado que fornece os géneros alimentares e outros, aos operários.
Mas o operário precisa deslocar-se para o trabalho – o patrão não tem nenhuma empresa de transportes mas, como é dono do banco e das seguradoras, “vende-lhe” mais dinheiro para comprar um carro a prestações e vende-lhe também os seguros inerentes.
Como é amigo de fazer bem – o patrão que é dono das fábricas, do banco, do hipermercado, das seguradoras e do stand de automóveis – coloca, junto ao hipermercado, uma bomba de gasolina para que os operários abasteçam as viaturas.
O patrão, “ amigo”, como tem coração de manteiga, quando o operário já estiver esgotado e começar a adoecer – não há qualquer problema, desde que pague, o operário também tem um lar á sua disposição que “por acaso” – o patrão que é dono das fábricas, do banco, das seguradoras, do stand de automóveis, do hipermercado, das bombas de combustível, também é accionista do lar e até é o seu presidente. (os restantes 80% são da igreja).
Quando o operário morrer, o patrão que – é dono das fábricas, do banco, das seguradoras, do hipermercado, das bombas de gasolina, do stand de automóveis e do lar, também tem uma agência funerária, lá estará o patrão para cobrar o funeral e até vende a campa aos familiares para que sintam que fizeram todas as honras ao seu ente querido. Se precisarem de flores ele também vende no seu hipermercado.
Como a família do operário ficou sem dinheiro para acabar de pagar as prestações, o banco do patrão accionou a penhora e foi buscar a casa…

“Os patrões são muito nossos amigos…”

25 de janeiro de 2010

José Afonso - Os Vampiros

REPÚDIO À PRESENÇA DA TROPA PORTUGUESA NO AFEGANISTÃO


Paz sim, Nato não.
Hoje, 25 daneiro, às 17h30, haverá uma distribuição de folhetos entre o Rossio e a R. Augus
ta, em Lisboa, no âmbito da campanha "Paz Sim! Nato Não". Além dessa acção haverá uma conferência de imprensa. Nessa ocasião será divulgada a carta entregue hoje no Ministério dos Negócios Estrangeiros repudiando o envio de (mais) tropas portuguesas para o Afeganistão. As organizações promotoras da iniciativa afirmam que a cimeira da NATO, prevista para Portugal em Novembro, não é bem-vinda ao nosso País, tendo em conta a natureza agressiva da aliança atlântica e as intervenções militares que tem vindo a desencadear em diversas partes do Mundo. Além disso, registam "o contínuo alargamento do seu âmbito de actuação, o envolvimento crescente da União Europeia nas intervenções da Aliança, assim como os perigos que tal representa para a soberania e para a liberdade dos povos". 
Assim, afirmam, "repudiam a estreita dependência dos governos e autoridades nacionais relativamente à NATO e a participação crescente de tropas e forças militarizadas nacionais nos teatros de guerra abertos pelos Estados Unidos da América, bem como o uso irrestrito do território e do espaço aéreo nacionais ao serviço de acções militares que nada têm a ver com o interesse nacional. Isto constitui uma frontal violação do direito internacional e dos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa".          -       retirei este aqui - resistir.info

24 de janeiro de 2010

Mais uma golpada


Mais uma golpada - Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE… 
É uma golpada com muita classe, e os golpistas somos nós.... 
Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve. 
Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregador, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. 
Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». 
E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». 
E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?». 
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». 
Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes. 
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público. Mas, voltemos à nossa história.
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo. 
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. 
E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.
A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. 
Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

A Formiga e o Leão

A Formiga e o Leão
O leão montou uma pequena oficina onde trabalhava ele e a Leoa (sua esposa).
Como tinham muito trabalho decidiram contratar a Formiga como assalariada.
O trabalho aumentou e contrataram mais 3 Formigas.
A Leoa deixou de trabalhar e dedicou-se às filhas; ia levá-las e buscá-las à escola, ia às compras e passava horas nos cafés conversando com as amigas.
O Leão continuou na empresa mas fazia pouco… tratava dos orçamentos, das compras e das vendas, ia aos bancos.
As formigas trabalhavam, trabalhavam e eram remuneradas razoavelmente. Obtinham da venda da sua força de trabalho o seu sustento e da sua família.
Em três horas produziam o suficiente para que o Leão lhes pagasse os salários e todos os encargos; seguros, segurança social e demais impostos.
As restantes seis horas eram lucro absoluto para o Leão.
As encomendas cresciam e o Leão contratou mais 6 Formigas. Procurando tirar dividendos das novas contratações, estabelecem um salário mais baixo do que as que lá trabalhavam há mais tempo.
O Leão contratou a aranha para empregada de escritório; tratava dos papeis, ia aos bancos, fazia recebimentos e pagamentos e controlava o tempo das Formigas.
O Leão deixou de trabalhar. Passava pelo escritório por volta das 10 horas, fazia a ronda pela empresa e saía para almoçar regressando pelas 5 horas da tarde.
Comprou um Mercedes para ele e outro para a Leoa. Comprou também 1 jipe para cada uma das filhas que, entretanto tinham ingressado na Universidade.
As Formigas continuavam a trabalhar e a produzir a bom ritmo.
Se produziam tanto sem supervisão, melhor produziriam se fossem supervisionadas – pensou o Leão.
Então contratou a Barata que tinha muita experiência nesta área e fazia belíssimos relatórios.
A primeira preocupação da Barata foi estabelecer um horário rígido de entrada e saída das Formigas.
Tinham de estar no local de trabalho 5 minutos antes das 8 horas e a que se atrasasse era-lhe descontada 1 hora.
A saída ficou estabelecida para as 18 horas desde que não fosse necessário fazer horas extras , que eram pagas como normais.
A Barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma mosca que, além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.
O Leão ficou encantado com os relatórios da Barata e pediu gráficos e índices de produção, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.
O Leão só aparecia na empresa para assistir às reuniões e nem sempre ficava até ao fim.
As Formigas, exaustas de tanto trabalho, ainda tinham que preencher a papelada pedida pela Barata. Começaram a protestar e, o Leão concluiu que era altura de criar a função de gestor da fabricação. O cargo foi dado a uma Cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.
A nova gestora, a Cigarra, precisou ainda de um computador novo , uma impressora e de uma assistente(que trouxe do seu anterior emprego) para ajudar na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho das Formigas e no controlo de do orçamento para a área da produção.
Perante os relatórios, orçamentos e contabilidades, o Leão deu-se conta que tinha despesas a mais e que as Formigas já não rendiam como antes ou seja a produtividade da empresa foi reduzida consideralvelmente.
Contratou a Coruja, uma prestigiada consultora, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse as soluções.
A Coruja permaneceu 3 meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes, que concluíram: “ há muita gente nesta empresa”.
Então o Leão começou por despedir as 4 formigas mais antigas e mais experientes e também as que ganhavam mais.
As 4 juntaram-se e foram ao centro de emprego reclamar os respectivos subsídios. Verificaram que não tinham direito a qualquer apoio porque o Leão nunca as tinha posto como efectivas na empresa. Apesar de lhes retirar do salário a parte para os impostos, nunca tinha entregue esse dinheiro nos respectivos organismos.
As formigas tiveram de tirar os filhos das creches e dos tempos livres porque não tinham como pagar as respectivas mensalidades.
Partiram cada uma para seu lado à procura do seu sustento e das suas famílias.
O Leão, a Leoa e as filhas foram de férias para o estrangeiro deixando a empresa entregue aos directores da sua confiança.
Depois de um mês de ausência, o Leão veio com novas/velhas ideias: reuniu as restantes Formigas e deliberou que a partir daquele momento passavam a ter de trabalhar conforme a conveniência da empresa; Podiam começar às 7 horas da manhã, paravam às 13 e voltavam ao trabalho às 18 horas até fazerem as 9 horas diárias.
Reuniu também com os “gestores” e deu ordens para contratarem outras Formigas a empresas de trabalho temporário.
As filhas do Leão acabaram a Universidade, casaram e o Leão deu a cada um dos genros um lugar de gestão na empresa.
Comprou a cada uma um apartamento na praia como prenda de casamento.
Neste momento o Leão faz contactos para deslocar a empresa para um país de mão-de-obra mais barata e ficar apenas com um departamento, gerido pelos genros e pelos “gestores da sua confiança, para comercialização dos produtos confeccionados lá fora.
As restantes formigas foram despedidas sem qualquer indemnização.

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

23 de janeiro de 2010

Eu quero tirar o 12º ano!

Quando for grande também quero tirar o 9º ano e de seguida o canudo do 12º ano.

Vou ceder ao apelo dos vários cartazes que proliferam por esse país fora e inscrever-me num destes cursos tirados à pressa.
O Slogan é apelativo: Melhor qualificação para ter melhor emprego.
Os empregos escasseiam; há mais desempregados (cerca de 700 mil), não arranjam os jovens, verdadeiramente qualificados, não arranjam trabalho e o que conseguem é precário.
Qualificação em quê? – Basta escrever uma pequena história comentando os vários aspectos da vida profissional e familiar ou copiar um texto da revista “Maria”, do “jornal a Bola”, ou do livro de um clube qualquer; saber fazer “enter” e “delete” no computador e, já está…tens o 9º ano.
Para o 12º pouco mais é necessário, frequenta-se umas aulas, durante um ano, pede-se a alguém que faça uns trabalhitos e, pronto…cá com o diploma. Com direito a ser entregue pelo 1º ministro, com televisão a acompanhar.
Quem beneficia? – o governo que apresenta estatísticas com números elevados de formação; os que estão na engrenagem a receberem muitos euros por hora.
Porque não dar oportunidade a outros? Por exemplo a médicos que tanta falta fazem em Portugal.


Sugiro:
Um jovem com mais de 18 anos que saiba esfolar e abrir um coelho….Médico;
Outro que saiba mudar as fraldas e dar o beberão ao irmão…Educador de infância;
Ainda outro que feito um carrinho de rolamentos…Engenheiro; (por menos o nosso 1º Ministro é engenheiro).
E mais um que tenha feito uma casota para o cão…Arquitecto.
Todos ficamos a ganhar: os pais não pagavam propinas e os filhos não precisavam de andar tantos anos a estudar. O Estado poupava nas Universidades, as estatísticas subiam e podíamos ter a maior taxa de licenciados da Europa.

Paranóia amaricana anti-sovieticos dá tônica de desenho animado

Um novato agente secreto é confrontado com um problema raramente coberto de formação básica:
o que fazer quando um pombo curioso fica preso dentro de sua maleta nuclear de vários milhões de dólares.

22 de janeiro de 2010

Os preços dos combustíveis PT são maiores do que na UE


No fim da 1ª quinzena de Janeiro de 2010, a GALP e o Automóvel Clube de Portugal envolveram-se em polémica, tendo a GALP divulgado, através da Agencia Lusa, uma declaração em que afirmava que, em Portugal, "os preços actuais estão perfeitamente ao nível do que se verifica nos restantes países europeus ". Ora isso não é verdade como revelam os próprios dados oficiais.
Os preços dos combustíveis sem impostos revertem na totalidade para as empresas constituindo a fonte dos seus lucros. É por isso que os utilizaremos. Dados disponíveis no "site" da Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia revelam que, em Janeiro de 2010, em 23 países dos 27 da União Europeia o preço do gasóleo sem impostos era inferior ao preço em Portugal. Em relação à gasolina 95, em 20 países dos 27 da UE27 o preço da gasolina sem impostos era também inferior ao preço em Portugal sem impostos (Quadro I). Esperemos agora que a Agência Lusa, que foi tão solícita e pronta em divulgar a declaração da GALP, faça o mesmo repondo a verdade em nome de uma informação mais objectiva. Se recusar estará conscientemente a participar na campanha de manipulação da opinião pública. Mas o comportamento da GALP ainda se torna mais claro quando comparamos os preços em Portugal com os preços médios da UE27. De acordo com os dados da

Terramoto e ocupação

Jorge Cadima - Crónica Internacional - original aqui

O terramoto do Haiti ocorreu na terça-feira, 12 de Janeiro. Em 24 horas, os militares dos EUA haviam «tomado controlo» do aeroporto da capital (BBC, 18.1.10). Numa semana os EUA transportaram 9 a 10 mil soldados para o Haiti e «o Pentágono prepara-se para enviar mais» (New York Times, 17/1). O Canadá vai enviar mais mil soldados (Financial Times, 17/1). Mas a solidariedade internacional quase não saiu do aeroporto de Port-au-Prince: 5 dias após o sismo «a ONU diz que alimentou 8 mil pessoas, mas 2 a 3 milhões continuam desesperadamente necessitadas» (NYT, 17/1). Ainda o NYT explica: «O Programa Alimentar Mundial (WFP) conseguiu finalmente fazer aterrar voos com comida, medicamentos e água no sábado, depois de tentativas goradas na quinta e sexta-feira, afirmou um funcionário dessa agência. Esses voos foram desviados para que os Estados Unidos pudessem aterrar tropas e equipamento, e transportar americanos e outros estrangeiros para [destinos] seguros. «Há 200 voos a chegar e partir todos os dias, o que é uma quantidade incrível para um país como o Haiti» disse Jarry Emmanuel, o funcionário logístico de transportes aéreos da operação haitiana da agência [WFP]. «Mas a maioria desses voos são para os militares dos Estados Unidos». Acrescentou: «As prioridades deles são garantir o controlo do país. As nossas são dar de comer». ABBC (18/1) informa que «várias agências protestaram pelo facto de não conseguirem fazer chegar auxílio através do aeroporto», mas a família Clinton e a sua corte de jornalistas passam por lá à vontade. «A França e o Brasil apresentaram protestos oficiais porque os militares dos EUA que controlam o aeroporto negaram autorização de aterragem a voos de auxílio dos seus países» (AP, 17/1), incluindo um avião francês com um hospital móvel. Idêntico protesto veio da organização dos países das Caraíbas (CARICOM) e da Nicarágua (cubadebate, 17/1). O embaixador de França no Haiti declarou que «o aeroporto não está à disposição da comunidade internacional, transformou-se num apêndice de Washington» (Il Messaggero, 17/1). O Secretário de Estado francês para a Cooperação Alain Joyandet, pediu à ONU para definir o papel dos EUA: «trata-se de ajudar o Haiti, não de ocupar o Haiti» (Xinhua, 18/1).


Nos últimos dias repete-se que o Haiti «já não tinha Estado» antes do terramoto. Mas a comunicação social de regime pouco falou da história do Haiti no Século XX: uma história de ocupação pelos EUA (1915-34), feroz ditadura pró-americana da família Duvalier e os seus facínoras «Tontons-Macoute» (1957-86), golpes e invasões patrocinadas pelos EUA e França. Por duas vezes nos últimos 20 anos o Presidente Aristide, eleito por esmagadoras maiorias, foi derrubado em golpes de Estado inspirados em Washington. Em 2004, Aristide, tal como o Presidente hondurenho Zelaya, foi metido num avião e exilado. O próprio contou (entrevista à jornalista Amy Goodman,democracynow) que foram militares e membros da embaixada dos EUA no Haiti que o raptaram na noite de 28-29 de Fevereiro, sob o pretexto de garantir a sua segurança. Logo no dia 29, o Conselho de Segurança da ONU «tomou nota da demissão» de Aristide e aprovou o envio duma missão militar (resolução 1529), tendo os Marines dos EUA chegado ao país antes do anoitecer (Wikipedia, «2004 Haiti rebellion»). Como nas Honduras, o «quarto poder» do grande capital optou por um silêncio conivente. O papel da missão militar da ONU é relatado num filme disponível em globalresearch (item 16998).


A atitude do gigante imperialista vizinho do Haiti é coerente com a sua História. Mas o significado da ocupação militar, a pretexto da tragédia, extravasa as fronteiras daquele martirizado país. Integra-se no cerco militar que os EUA estão a montar à Venezuela e a Cuba, com as novas bases militares na Colômbia, as provocações aéreas a partir da colónia holandesa de Curaçao, o reforço da presença militar no Panamá, a recente inclusão de Cuba na lista de «países promotores do terrorismo». É cada vez mais evidente a opção dos EUA por uma solução militar de largo espectro para a profundíssima crise em que estão atolados. Do Afeganistão e Paquistão, do Iémen à América Latina, quem conseguir descobrir diferenças entre Obama e Bush que avise.

21 de janeiro de 2010

O CINTO

Mais uma vez o Eurostat (o gabinete estatístico da UE) expôs a miséria social em que Portugal se debate, ao apresentar uma análise comparada da taxa de privação material entre os 27 países da União Europeia, num estudo que antecipa e serve a conferência de abertura do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, que se realiza hoje mesmo em Madrid, sob a orientação da Comissão Europeia e da presidência espanhola da UE.
O estudo refere-se ao ano de 2008, com valores consolidados, e alguns dados são esmagadores. Por exemplo, a taxa de pobreza em Portugal é de 18% da população, uma das mais elevadas da União, com a agravante de nos extremos etários – os mais novos e os mais velhos – atingir os 23%. Isto significa que 1,9 milhões de portugueses vivem com menos de 414 euros/mês, já depois das transferências sociais (o limiar da pobreza, em Portugal, está situado nos 406 euros/mês). Além disso, 12% dos portugueses que têm emprego estão também em risco de cair numa situação de pobreza.
Concomitantemente, o salário médio dos portugueses é dos mais baixos da Zona Euro – sete euros/hora –, com apenas os eslovacos e os eslovenos a emparelharem nesta miséria. Por exemplo, na Irlanda o salário médio é de 20,83 euros/hora, no Luxemburgo, 19,19 euros e na Bélgica, 17,45 euros, enquanto dinamarqueses e noruegueses ganham uma média de 23 e 24 euros/hora, um valor 244% superior ao auferido pelos portugueses. O sociólogo Bruto da Costa, presidente do Conselho Económico e Social, referiu ao DN que, mais importante do que a diminuição do número de pobres é a lentidão com que tem vindo a descer no nosso País (em 2004 o índice de pobreza em Portugal situava-se nos 20%, em 2005 desceu para 19%, em 2006 para 18%, mantendo-se nesse valor desde aí). E conclui que, a este ritmo, chegaremos a 2015 com um índice de pobreza «bastante elevado para os objectivos do Milénio».
Para completar o quadro, o Eurostat concluiu igualmente que 35% dos portugueses não têm rendimentos suficientes para manter um sistema de aquecimento em casa (a média europeia, neste capítulo, está nos 10%), enquanto 64% dos nossos compatriotas não conseguem pagar uma semana de férias fora de casa (a média europeia está em cerca de metade – 37%).
Desgraçadamente, o Euroestat não estuda as percentagens e a evolução das fortunas em Portugal – como, aliás, nenhum organismo nacional, público ou privado o faz. Nem sequer o fisco, que tão assanhado anda a esmifrar todos os cêntimos a quem vive dos salários, nem o Governo de Sócrates, que tanto se queixa da quebra das receitas do Estado, se preocupam com a fuga dos capitais que escorrem abundantemente para os paraísos fiscais, onde as fortunas dos novos e velhos ricos se empilham impunemente e, sobretudo, sem darem um tostão furado ao País que extorquiram.
Tal como não se incomodam que os bancos ganhem fortunas colossais em tempo de «crise» (seis milhões de euros por dia, no último balanço) e apenas paguem cerca de 12% de impostos ao Estado (qualquer trabalhador paga perto de 30%). Nem que as mais-valias adquiridas na especulação bolsista continuem escandalosamente isentas de impostos.
Só estes elementares actos de justiça fiscal dariam para equilibrar o défice e sanear as Finanças do Estado.
Mas isso não querem os donos do regime. Por isso o Governo Sócrates, que os representa, faz o habitual: aponta para os dados do Eurostat e reclama que «é preciso apertar o cinto».
Henrique Custódio
original aqui

Afinal porquê a crise?

Fala-se muito na desregulação do sistema financeiro, em produtos tóxicos ou na bolha de crédito mal parado. E o cidadão fica perguntando qual é afinal a causa da crise.
Adam Smith, o grande economista do equilíbrio perfeito entre a oferta e a procura decerto se espantaria com a arrogância dos que querem dar comandos ao mundo a partir de um omnipotente «mercado global». Mas vejamos: há mais de 150 anos o cidadão Karl Marx já falava sobre as crises do capitalismo. São, dizia ele, crises de sobreprodução em relação à capacidade de consumo solvente. Isto é: em relação à capacidade de pagamento de que a população dispõe.
E aqui entra contradição insuperável do capitalismo: 
É que, ao mesmo tempo que desenvolve a capacidade produtiva do homem, com a apropriação privada da mais-valia provoca uma pauperização crescente à escala mundial e nos próprios países capitalistas. E daí a queda de consumo solvente de que Marx falava.
O «crédito fácil» criou a ilusão de que a capacidade de consumo crescia e soprou a «financeira». Expressão, tal como os «produtos tóxicos», da ganância de lucro de que o capital é inseparável.
Como aditamento vale a pena acrescentar:
Quando a pretexto da crise se esmaga o valor da força de trabalho para aumentar os lucros – diminuindo assim a capacidade de consumo solvente – o capitalismo está preparando novas e mais graves crises para o futuro.
original aqui

20 de janeiro de 2010

Horários de trabalho - "sol a sol"

A gravidade da ofensiva do patronato no sentido de desregular o horário de trabalho e impor como jornada de trabalho "normal" as 10, 12 ou mesmo 14 horas por dia sem o pagamento de qualquer compensação a título de trabalho suplementar.

Haiti - INTERVENÇÃO DE ILDA FIGUEIREDO NO PE


Também nos associamos às condolências e ao lamento que todos fazemos à tragédia que se abateu sobre o povo do Haiti e manifestamos-lhe toda a solidariedade. Mas não podemos deixar de sublinhar algumas questões que consideramos fundamentais, começando por rejeitar que alguém ou algum país se procure aproveitar desta catástrofe para retomar o neocolonialismo, como parece indiciar o envio de milhares de soldados norte-americanos armados, esquecendo a pobreza em que vive a maioria da população, que continua vítima da exploração de multinacionais e de interferências externas, designadamente dos EUA.

Este é um momento para todos os apoios humanitários, a cooperação e ajudas à reconstrução que a nobreza e valentia do povo do Haiti merecem. Recorde-se que foi ali onde 400 mil africanos escravizados e traficados pelos europeus se revoltaram contra a escravidão e realizaram a primeira grande revolução social do continente americano. Não se deve tardar nos apoios urgentes e devidamente coordenados mas sem ceder às tentações neocoloniais.

Água volta a aumentar em Alcobaça

CÂMARApsd E GOVERNOps AUMENTAM AS DIFICULDADES
O CUSTO DA PRIVITIZAÇÃO
De 2005 a 2009, houve aumentos de 300% e 400%
+ 5,5% 2010



De 2005 a 2009, houve aumentos de 300% e 400% na grande maioria das facturas dos munícipes no que respeita (água, saneamento e resíduos sólidos).
Hoje a grande maioria dos alcobacenses, com esta proposta, vai pagar + 5,5% na água, exactamente no ano em que pela prática de muitos anos anteriores deveria haver uma redução.
Em muitos anos o critério básico de aumento foi o índice dos preços ao consumidor... Todos estes anos houve aumentos tendo em conta esse critério... Exactamente no ano em que o índice é -1% é a Câmara que decide aumentar 5,5% a água.
Câmara fez acordo ruinoso com a Empresa Águas do Oeste e este entra em vigor em meados de 2010 com aumento de 5,5%. A Câmara quer desta forma passar essa factura para os consumidores.


O vereador do PCP votou contra!

19 de janeiro de 2010

Mineiros de Aljustrel "com a porrada nos interrogatórios eu já caía, sempre sem dizer nada"


Retirado do Blog Cravo de Abril

“- Olhe, houve ali um problema com o seu marido mas não esteja em cuidados, que ele é capaz de não vir esta noite mas é capaz de vir amanhã!”
Isso nunca aconteceu, pois, porque eu fui levado para Caxias e estive incomunicável três meses. Estive três meses incomunicável. Ao fim de três meses sou levado para a António Maria Cardoso, que era a sala da tortura – onde estavam os pides todos! – sou levado para lá e estive quatro dias e quatro noites. Davam-me uma cadeira, e depois tiraram-me a cadeira e já não tinha sítio para me sentar nem nada!, e então com a porrada nos interrogatórios eu já caía, sempre sem dizer nada! E então ao fim de quatro dias levaram-me para o Aljube. Meteram-me numa cela em que para conseguir dar dois passos tinha que fechar a cama! Aquilo tem um grampo e a parede tem uma coisa onde se prende e a gente fica com aquele bocadinho para andar! Salvo erro eu tenho a impressão que dormi cerca de dois dias! Batiam-me à porta para me dar qualquer coisa de comida mas eu praticamente não comia. Tinha falta de descanso, aquele moer da cabeça… um gajo esgota-se, não é? Depois, periodicamente era levado para a Maria Cardoso para interrogatórios! Levar porrada! Porrada num gajo!
“- Então, diz lá como é que era aquilo, há quanto tempo pertencias ao Partido?
- Eu nunca pertenci a partido nenhum!”

18 de janeiro de 2010

Trabalho infantil



Mais de 200 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar diariamente em diferentes países do mundo, segundo estima a Organização Mundial do Trabalho. O relatório, divulgado no dia 12, data mundial dedicada ao combate a este flagelo, indica que três em cada quatro dessas crianças e adolescentes estão expostos às piores formas de exploração laboral, designadamente tráfico, conflitos armados, escravatura, exploração sexual e trabalhos de risco. A OIT sublinha que estas actividades «prejudicam de forma irreversível o seu desenvolvimento físico, psicológico e emocional». Em Portugal, a Confederação Nacional de Acção Sobre o Trabalho Infantil (CNASTI) aponta falhas à fiscalização e assinala que, apesar das melhorias, não se pode dizer que o trabalho infantil se extinguiu. Existe em particular no meio artístico e na agricultura familiar, refere a CNASTI.

APOIAR O SECTOR PRODUTIVO

16 de janeiro de 2010

"Se o povo não se afastasse de deus não aconteciam desgraças"




Hoje, manhã bem cedo, desloquei-me ao mercado para comprar os habituais produtos hortícolas.

Aproximei-me da banca onde regularmente compro, e vi produtos muito frescos e viçosos
Com aspecto muito atraente. Escolhi, comprei e, quando me vinha embora perguntei à camponesa: - então o temporal não fez estragos nos teus terrenos e estufas?

- Respondeu: - Graças a Deus não!

- Tiveste sorte de o Deus estar no teu quintal e não se ter preocupado com os milhares de mortos no Haiti…

- Lá estás tu com essas coisas, deus sabe que eu acredito nele, rezo muito e, por isso, protege-me.

- Mas olha que no Haiti a maioria daquela gente também era muito crente ao seu Deus.

- Se Deus não os protegeu por alguma razão foi…

- Mas afinal parece que o teu deus não é assim tão poderoso como dizes, falei há pouco com o teu marido, disse-me que andou à chuva e ao vento a reforçar as estacas das estufas e que se não o tivesse feito tinha ido tudo pelos ares. Possivelmente não rezaste o suficiente ou o teu Deus ficou sem forças para segurar o resto das estufas e teve de ser socorrido, como ficou extenuado já não conseguiu acudir aos do Haiti, aos agricultores de Torres Vedras e tantos outros que ficaram sem nada.

- Tu és terrível :-)

“A religião é o ópio do Povo”