Fazendo “zapping” pelos noticiários, à procura de algo que fugisse da trivialidade, parei no momento em que o comentador-mor deste retângulo mal frequentado fazia as suas “doutas” apreciações sobre os acontecimentos deste fim de semana.
Com aquela postura de adiantado mental tentando dar credibilidade de independência a um pensamento conservador, ouvi-o no exacto momento em que condescendia: “sim, não me custa acreditar que seriam 300 mil manifestantes”.
Conhecendo-lhe a manha, fiquei à espera do arroto, e lá veio: “mas isso não significa que estejam contra a crise, porque então teriam que lá estar 1milhão(???), e se estivessem contra o governo, teriam que lá estar milhão e meio(?????)…”
Esta gente, quando perde a tramontana desce ao nível dos invertebrados, sem qualquer receio de cair no ridículo. Ainda não há muito tempo, qualquer manifestação que juntasse 20 mil pessoas em qualquer dos países de leste, era suficiente para se clamar pela mudança de regime – e nalguns casos conseguiram, com o envio de exércitos secretos de mercenários -. Aqui, para que a contestação ao roubo dos salários possa ser avalizada por sua excelência, a fasquia é colocada no mínimo, no milhão…
Se o ridículo matasse, a tvi poupava uma mão cheia de notas no salário deste rebelo.
HG
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