Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

4 de março de 2013

Rumo à Vitória


"Quando os capitalistas inauguram novas fábricas e anunciam que investiram nelas centenas de milhares de contos, isso não significa senão que centenas de milhares de contos de trabalho não pago são por eles utilizados para em novas fábricas comprar ainda mais força de trabalho, obrigar um número maior de operários a trabalhar para eles e a produzir mais mais-valia, sempre mais mais-valia. Vendo uma nova fábrica, os operários podem dizer com inteira razão:«Ali está produto do nosso trabalho, pago com produto do nosso trabalho»

Em 1962 Álvaro Cunhal calculou, com base em dados oficiais, que em média numa jornada de trabalho de 8 horas de trabalho, o operário gastava apenas 2 horas e 21 minutos como trabalho necessário, isto é, 5 horas e 39 minutos o operário trabalhava gratuitamente para o patrão. Hoje como será? com a intensificação da exploração, com a redução dos salários, com a introdução de novas tecnologias, possivelmente trabalha-se mais horas gratuitas para os patrões.


Rumo à Vitória. Obras escolhidas Tomo III pag. 45

3 comentários:

  1. Cunhal,homem e politico honesto.

    Se todos os politicos que governaram e desgovernaram o nosso país fossem honestos como ele, a troika não estava cá.



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  2. Absolutamente Maria. É interessante voltar a reler este espantoso livro. E como se mantém actual em muitos aspectos.
    Devia ser um dos livros de cabeceira, juntamente com o Partido com Paredes de Vidro e ainda o Até Amanhã Camaradas. de todos os militantes e simpatizantes do partido, para não dizer de os trabalhadores que será pedir demais.

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  3. No passado dia 12 de Maio, integrada por acaso num grupo do PCP de Penacova, fiz uma visita a Peniche e em particular ao Forte.

    O guia da visita foi Domingues Abrantes.Foi uma honra e um privilégio conhecer este senhor que faz parte da História viva de Portugal.

    O testemunho deste Homem, ficará para sempre na minha memória como um grande acontecimento.

    No Forte, Álvaro Cunhal era homenageado numa pequena exposição, onde se pode ver a sua biografia e obras.

    Grandes Homens tem o nosso país, que tão ingrato tem sido para eles. As gerações mais novas não têm conhecimento da Luta de Resistência e para construir um futuro conhecer o passado é fundamental.

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