Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

24 de outubro de 2019

As raízes do oportunismo de esquerda segundo o livro “Esquerdismo Doença Infantil co Comunismo”


As raízes do oportunismo de esquerda segundo o livro “Esquerdismo Doença Infantil co Comunismo”



Raízes socioeconómicas

Pequenos proprietários, pequenos patrões que ao arruinarem-se passam para s posições da classe operária. Estes, sendo incapazes de levar por diante uma luta tenaz, longa e consequente, procuram acabar com a opressão da grande burguesia rapidamente, de um golpe. Não compreendem as condições reais da luta de classes e as leis da Revolução, daí querem resolver todos os problemas partindo apenas dos seus desejos e aspirações subjectivas. A tendência destes “revolucionários” pequeno-burgueses é para as frases revolucionárias, as palavras de ordem ultrarrevolucionárias, o aventureirismo e o extremismo.

Fontes do Oportunismo de Esquerda

- A fonte clássica, descoberta por Lenine – pequena burguesia arruinada;

- Os radicais intelectuais, estudantes, lúmpen do proletariado e pessoas desclassadas;

Raízes Psicológicas

- Certa impaciência de camadas da classe operária;

- Tendência para certas formas de luta política da burguesia, em moda.

- Incapacidade de conhecer o Marxismo. Conhecimento do Marxismo de maneira dogmática.

Essência do oportunismo de esquerda

“ Formas revolucionárias de luta” apelando às acções imediatas pelo poder. Acham possível começar a revolução em qualquer momento sem ter em conta as condições objectivas e subjectivas para a tomada do poder.
O seu sectarismo e isolamento das massas leva-os a ignorarem a necessidade da experiência politica na formação da consciência de classe. Não entendem a necessidade de aproximar as massas da Revolução.

Posição Leninista

- Necessidade de saber aplicar todas as formas de luta;

- Saber passar, rapidamente, de uma forma de luta para outra.

O oportunismo no movimento comunista se foi doença infantil hoje é uma doença crónica. Podemos ver os grupos esquerdistas próprios que se internacionalizaram. Se no passado os pseudorrevolucionários estavam muito localizados, hoje revelam-se por todo o mundo.

As raízes a essência e as manifestações do oportunismo de direita


As raízes a essência e as manifestações do oportunismo de direita

Lenine“o oportunismo significa o sacrifício dos interesses vitais das massas em favor dos interesses imediatos duma minoria insignificante de operários”
Significa a aliança entre determinada camada da classe operária e a burguesia. A força dos oportunistas provém da sua aliança com a burguesia, com os governos burgueses.

Raízes sociais do oportunismo

A base social do oportunismo no movimento operário encontra-se sobretudo em certas camadas intermédias da classe operária, camadas de origem e concepções pequeno-burguesas.

Aumentos salarias a certas categorias de operários, a substituição de formas brutais de exploração por outras mais flexíveis e dissimuladas, alargam as ilusões reformistas numa parte dos trabalhadores.

A propaganda burgues, através dos meios de comunicação que esta controla, procura inculcar nos operários a sua ideologia o que contribui para desenvolver o espirito oportunista.

O peso dos intelectuais na sociedade, muitos deles continuando fieis às suas concepções pequeno-burguesas, tornam-se porta-vozes de influências não proletárias nos partidos comunistas, dado que muitos militam nesses partidos.

Raízes políticas do oportunismo

Períodos de prosperidade económica e sob a influência da ideologia burguesa expandem-se as ilusões reformistas na classe operária, são alimentadas ilusões em alguns, criado o clima favorável para os desvios de direita no movimento operário.

AS políticas de reformas da burguesia leva também ao oportunismo de direita.

AS dificuldades, derrotas, os reveses fazem vacilar os homens pouco firmes, arrastando-os para o oportunismo de direita, para o abandono da luta, para a conciliação com o inimigo.

Oportunismo de direita, revisionismo é uma corrente hostil ao Marxismo e aos interesses revolucionários da classe operária. Esta corrente oportunista substitui a luta de classes, contra o capitalismo e a vitória da Revolução Socialista, pela defesa da paz de classes entre a burguesia a o proletariado.

O oportunismo de direita traduz-se em posições liquidacionistas e na conciliação com a política e ideologia da social-democracia.

O objectivo do oportunismo consiste em desviar os trabalhadores duma consequente luta de classes e empurra-los para pequenas reformas, que em nada alteram os alicerces do sistema burguês.

Manifestações do oportunismo de direita

- Opõem Lenine a Marx, dizendo eu Lenine deformou o Marxismo;

- Declaram que o Leninismo é um fenómeno “puramente russo” não aplicável noutros países;

- Outros defendem apenas “Marx jovem” considerando o “Marx velho” uma desvirtuação do Marxismo;

- Aparecem os oportunistas que dizem que o Leninismo deve ser melhorado, que na nossa época já não é válido;

- Atacam a teoria da Revolução socialista;

- Contestam o papel dirigente da classe operária e do Partido Comunista na Revolução e na construção do Socialismo;

- Pretendem confundir o Socialismo com a democracia burguesa;

- E a pretexto da especificidade das condições nacionais abandonam as leis gerais da Revolução e da construção do Socialismo.

7 de outubro de 2019

“A Comunicação social e tal…”


“A Comunicação social e tal…”
Sou do temo do Stencil, quando numa velha máquina de escrever se batíamos as teclas com mais força lá furávamos o stencil e era borrão certo na impressão. Depois de muita “ginástica” lá conseguíamos colocar aquilo no duplicador manual, batíamos o papel para o despegar e folha a folha e lá conseguíamos imprimir umas dezenas e, por vezes, centenas de documentos sobre os mais variados problemas que afectavam a sociedade. Íamos para os mercados e saídas de fábricas entregar mão a mão o precioso material que tantas dores de cabeça nos tinha dado.
Era desta forma que também divulgávamos as nossas posições nas assembleias de freguesia, nas Assembleias municipais e Câmaras onde tínhamos vereadores.
Mais tarde vieram os stencils eletrónicos que nos facilitavam o trabalho e com os quais tínhamos possibilidades de elaborar documentos mais atractivos com gráficos, fotos a preto e branco, letras desenhadas a escantilhão mas que implicava o mesmo processo de reprodução em duplicador manual ou já, nalguns casos, eléctrico.
Apesar de todas estas peripécias não deixávamos de tomar posição sobre os variados assuntos da nossa actividade e dos problemas que afectavam populações e trabalhadores nos seus locais de trabalho, sobre as questões ligadas aos agricultores e outras camadas sociais.
Na era dos computadores cada um de nós tem em casa uma “tipografia” – Um programa onde podemos elaborar documentos dos mais variados estilos e apresentações (alguns já predefinidos), uma impressora que imprime a cores ou a preto e branco mas que ninguém utiliza para fazer um simples documento lá para o seu bairro, a sua empresa ou junto dos amigos e conhecidos. Estamos sempre esperando os documentos centrais que versam sobre temas centrais e que muitas vezes ficam por distribuir.
Os eleitos nos diversos órgãos podiam fazer boletins sobre a sua actividade nos órgãos onde são eleitos, os militantes podiam fazer boletins sobre os problemas nas empresas onde trabalham, os organismos podiam fazer documentos sobre as posições do Partido sobre as variadíssimas posições dos diferentes sectores da nossa vida.
Mas não. Há alguns anos que estamos dependentes de que a Comunicação Social burguesa faça por nós o que nos compete realizar. Oiço muitos militantes queixarem-se ad comunicação social que nos discrimina, que é tendenciosa, que não divulga as nossas posições, etc. etc. mas metrem mãos à obra e irem para a rua no contacto directo com o povo e elaborando documentos e distribuindo-os com regularidade isso não.
As iniciativas do PCP ou CDU – comícios, jantares, encontros, palestras são mobilizadas com o argumento de que devemos estar em força porque vai aparecer a comunicação social e é necessário ter a casa cheia. A comunicação social comanda a agenda, o ambiente, a mobilização e o conteúdo das iniciativas.
Responsabilizar a comunicação social, por resultados que não conseguimos obter, serve de desculpa para o que não fazemos no dia-a-dia junto do eleitorado, junto dos trabalhadores, juntos das populações, juntos dos amigos e camaradas que estão connosco na mesma luta.
AS novas tecnologias vieram facilitar a nossa vida e a nossa actividade em muitos campos mas não a sabemos aproveitar da melhor forma.



Composição das listas CDU ao Parlamento 2019


Composição das listas CDU ao Parlamento 2019
Nos vinte círculos eleitorais nacionais e dois fora de Portugal há 311 candidatos contando efetivos e suplentes.
Desses 311 candidatos há  36 operários e 2 agricultores — 11,5 % do total dos candidatos.
Em lugares elegíveis aprecem o 1º em Lisboa (Jerónimo de Sousa) e o 1º de Setúbal (Francisco Lopes).
— Em Lisboa num total de 5, o 2º operário aparece em 9º Lugar;
— Em Setúbal num total de 5, o 2º operário vem em 6º Lugar;
— No Porto em 6 operários o 1º vem em 9º lugar;
— Em Leiria o único operário da lista está em suplente;
— Em Santarém apenas 1º operário em 7º lugar, zero agricultores;
— Em Beja um único operário, mineiro, em suplente;
— Em Braga em 7 operários, alista que inclui mais operários, o 1º aparece em 5 lugar;
— Em Coimbra em 2 operários o 1º está em 6º lugar;
— Em Évora o único operário aparece em 6º lugar;
— Em Faro o único operário está em 6º lugar na lista;
— Em Vila Real, em Viseu, na Europa todos com 1 operário;
— Em Aveiro em 4 o 1º está em 3º na lista;
— Todos os restantes círculos não incluem qualquer operário ou agricultor.