Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

7 de maio de 2015

Escravatura do século XXI


Na DERONE Confecções SA,http://www.derone-sa.pt/ empresa têxtil de S. Mamede, concelho da Batalha, os trabalhadores não recebem há dois meses e meio os seus baixos salários por inteiro. Em Março receberam apenas 200 euros cada um e com uma advertência dos patrões para que poupassem aqueles míseros euros.
Na DERONE Confecções SA  as 300 trabalhadoras apesar de não receberem continuam a deslocar-se diariamente com despesas de gasolina, desgaste das viaturas,  refeições  para assegurarem a produção de artigos destinados à exportação. As trabalhadoras pagam para trabalharem e o patrão fica com tudo.
Onde anda a Autoridade para As condições do Trabalho que não intervém, que não investiga a razão de naquela a produção continua a fazer-se sem interrupção, os produtos são exportados regularmente mas o dinheiro não chega aos bolsos das trabalhadoras?
E o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis e Lanifícios que tem feito para organizar, unir e esclarecer as trabalhadoras no sentido de reivindicarem e lutarem pelo que lhes pertence? Não são sindicalizadas? - Mas são trabalhadoras a necessitarem de ajuda, de solidariedade, de intervenção de todas as formas para que justiça seja feita.
A Liberdade e a Democracia ainda não passaram por aqui, o medo, a repressão estão presentes em muitas empresas como a DERONE Confecções SA. Mesmo sem receberem os patrões, ajudados pelos seus encarregados lacaios, continuam a exigir das trabalhadoras mais produção, maior produtividade, mais motivação, mais e mais trabalho.
Como é possível que dois patrões/patroas consigam manietar, amedrontar e gozarem com 300 trabalhadoras abnegadas, esforçadas que trabalham mas não recebem nada pelo seu esforço despendido?  
AS trabalhadoras perderam o salário e correm o risco de perderem o posto de trabalho, nada resta. Já toleraram tudo: A falta de salário, a falta de respeito por parte dos patrões, a repressão, a humilhação mas continuam a produzir e a deslocarem-se diariamente para o seu local de trabalho.
As trabalhadoras têm de lutar, têm de reivindicar o que lhes pertence, têm direito ao salário a viverem a sua vida com dignidade. Têm o direito e dever de não trabalharem enquanto os seus direitos não forem respeitados sobe pena de perderem o salário, o emprego e hipotecarem o seu futuro.

Esta empresa encerrou e as 300 trabalhadoras foram para o desemprego.




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