Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

23 de outubro de 2010

Qual honra? Venha a nós tudo o que é vosso!

Qual honra? Venha a nós tudo o que é vosso! 

Vem isto a propósito da palavra dada pelo administrador da CISTER (João Maia), quando do incêndio que destruiu, quase por completo, a fábrica de conservas na Zona Industrial de Casal da Areia, em 17 de Outubro de 2009. 

Em declarações à Rádio Cister e aos diversos jornais que acompanharam a tragédia o Sr. João Maia garantia “todos os postos de trabalho estão garantidos". 

A Cister tinha, na altura, 121 trabalhadores, depois do incêndio ficaram alguns nos trabalhos de limpeza e reconstrução, os restantes foram mandados para casa ao abrigo do Lay-Off, isto é, durante um ano a empresa recebeu do Estado um subsídio para manter os trabalhadores em casa. 

Passado o período referido, a empresa Cister, contrariamente ao prometido pela administração, fez um despedimento colectivo de 25 trabalhadores. 

Actualmente, como durante 3 anos não pode contratar outros trabalhadores sem reintegrar os que foram despedidos, a empresa Cister recorre ao trabalho temporário (já tem 15 nessas condições) e, como tem outra empresa em Chiqueda, admite novos trabalhadores para essa empresa mas que na realidade estão a trabalhar na Cister. 

Os que ficaram são obrigados a trabalhar muitas mais horas que o normal para corresponder às exigências da administração. 

Seria bom os meios de comunicação social, que deram a noticia na altura do incêndio dando grande relevo ao facto do administrador, sobre palavra de honra, garantir todos os postos de trabalho, investigassem e dessem agora a noticia sobre a realidade do momento. 

O patronato não tem honra, apenas olha para os seus lucros, despreza totalmente a vida dos trabalhadores. 

Quem assistiu às imagens daquele dia, viu trabalhadores de lágrimas nos olhos comovidos e preocupados com o seu futuro e viu também um patrão, com toda a calma, mentir à comunicação social e aos trabalhadores,assegurando que ninguém seria despedido. 

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