Reunidas extraordinariamente, as excelências, essas cabeças dotadas que nos desgovernam, atarefadas como sempre, em encontrar as melhores soluções para combater a crise que eles próprios criaram e sempre, sempre em “benefício” dos trabalhadores, cá fora, essa criatura execrável, presidente da confederação dos patrões, de seu nome António Saraiva, atarefava-se a dar entrevistas explicando, antecipadamente, as conclusões do Conselho dos seus Ministros.
Deu instruções para que sejam reduzidas as indemnizações por despedimento de trabalhadores, com justa causa. Assim será decidido.
Aconselhou para que a contratação colectiva; os aumentos de salários e demais assuntos, até agora da responsabilidade dos sindicatos, sejam acordados com “comissões de trabalhadores” (nomeadas pelos patrões). Assim será decidido.
E, como as poucas migalhas das indemnizações que os trabalhadores receberão, são ainda muito dispendiosas para os patrões, o Sr. C I P propôs, e as excelências aprovaram, criar um fundo, seja lá o que isso for, mas parece-me que se encaminha para mais uns descontos nos salários de quem trabalha e sermos nós, os que trabalhamos, a pagar o nosso próprio despedimento.
A CIP impôs, a UGT disse sim, o governo decidiu.
A CGTPP-IN e a esmagadora maioria dos trabalhadores, dos que querem trabalhar, produzir e criam a riqueza que a burguesia ostenta, estão contra mas não importa, esta “democracia” manda que uma minoria decida e imponham que a maioria se submeta.
Mais manifestações, mais greves, muitas e muitas lutas são necessárias para pôr fim a esta ditadura.
Quem não luta perde sempre, quem luta pode vencer.
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