O governo injectará mais 500 milhões de euros no BPN, anuncia o Público. Estes somam-se aos 4,8 mil milhões de euros já ali despejados após a sua nacionalização. O caso merece algumas observações:
1) O mesmo governo que deixou/deixa afundar centenas de empresas produtivas pelo país afora encontrou recursos vultuosos para salvar um banco insolvente – o contraste é chocante;
2) A nacionalização foi cuidadosamente circunscrita apenas ao próprio banco e não à sociedade que era sua proprietária (a qual supõe-se ainda ter património);
3) Os accionistas da holding proprietária do BPN (quem são?) foram assim poupados à nacionalização;
4) É lícito supor que esta nacionalização foi feita para evitar que o assunto fosse a tribunal, pois um processo de falência poderia tornar-se demasiado público para os interesses envolvidos;
5) O BPN ainda poderá exigir mais recursos do que os 5,3 mil milhões já recebidos, pois ninguém garante qual a dimensão do seu buraco.
Sr.º Presidente Aníbal.
- Que interesses o Sr.º Defende?
- Quanto lucrou V.ª Exª com o negócio?
- Não lhe chega a reforma milionária que (indevidamente) aufere mensalmente?
Exigi-se um presidente que se coloque definitivamente ao serviço dos trabalhadores e de Portugal e não uma marioneta dos mercados, e muito menos de um "cigano".
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