Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

25 de janeiro de 2011

"explicação da crise"

Pediu-se a uma prestigiada consultora financeira para explicar de forma simples a crise que estamos a viver, para que as pessoas comuns compreendam as suas causas e consequências. Esta foi a sua história:

Um homem apareceu numa aldeia do “interior esquecido” e ofereceu aos seus habitantes 100 euros por cada burro que lhe vendessem. 

Boa parte da população vendeu os seus animais.

No dia seguinte voltou e ofereceu melhor preço: 150 por cada burrico.

Outra boa parte da população vendeu os seus.

Voltou um dia depois e ofereceu 300 euros.

O resto do pessoal vendeu os últimos burros.

Ao ver que não havia mais animais disponíveis, o homem ofereceu 500 euros por cada burrico, dando a entender que os compraria na semana seguinte, e desapareceu.

No dia seguinte mandou à aldeia um cúmplice com os burros que tinha comprado, oferecendo-se para os vender a 400 euros cada um.

Com a ganância de os vender a 500 euros na semana seguinte, todos os aldeãos compraram os burros a 400 euros. Quem não tinha dinheiro pediu emprestado. Entretanto, compraram todos os burros da região.

Como era de esperar, o fulano desapareceu, e o cúmplice também, e nunca mais se soube nada deles.

Resultado: a aldeia ficou cheia de burros e de gajos endividados.

Isto contou o consultor. 

Vejamos o que ocorreu depois:

Os que tinham pedido dinheiro emprestado, por não vender os burros, não puderam pagar

os empréstimos.

Os que tinham emprestado dinheiro queixaram-se à junta de freguesia dizendo que se não retomavam o dinheiro ficariam arruinados, e então não podiam continuar a emprestar… e

Toda a aldeia ficaria arruinada.

Para que os prestamistas não se arruinassem, o Presidente da Junta, en vez de dar dinheiro à gente da aldeia para pagar as dívidas, emprestou aos próprios prestamistas. Mas estes, que já tinham cobrado grande parte do dinheiro, não perdoaram as dívidas aos aldeões, que continuaram endividados.

O Presidente da Junta desbaratou assim o orçamento da freguesia, que ficou também endividada. Então pediu dinheiro a outras freguesias, mas estas negaram-se a ajudar porque, como estava empenhada, não poderia devolver o que lhe emprestassem.

Resultado: 

- Os Chico-espertos do princípio, de papo cheio.

- Os prestamistas, com a sua ganância satisfeita e um montão de devedores a quem continuam a cobrar o que lhes emprestaram mais os juros, e inclusive apropriando-se dos já desvalorizados burros com que nunca conseguiriam cobrir toda a dívida.

- Muita gente arruinada e sem burro para toda a vida.

- A autarquia também arruinada.

Resultado final?: 

Para solucionar esta preocupante situacão e salvar toda a aldeia, a autarquia… 


BAIXOU O ORDENADO DOS SEUS FUNCIONÁRIOS! 

POR AGORA…
VS via e-mail

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