Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

27 de agosto de 2010

Che Guevara (Frases_5)

"A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber idéias para moldar nosso futuro."

Grito de um pai

Li há dias atrás este grito de um pai, e até agora hesitei em contribuir para a sua divulgação. Tenho a certeza que ambos - pai e filho - me perdoarão o atrevimento, mas é necessário que este grito chegue a cada canto da consciência de cada cidadão, de cada trabalhador, para que mais cedo do que tarde, seja desmontada esta engrenagem que suga cada gota do nosso sangue. Um abraço solidário, por uma Sociedade mais justa. 
HG
O meu Bruno escolheu a vida de operário. Operário todo construido, daqueles que minuto a minuto enfrentam a medonha boca do forno electrico da Siderurgia e tratam respeitosamente por tu o aço que a cerca de 1000 graus centigrados é filho da sucata que o forno engole.
È lindo o meu filho, os olhos azuis da avó, os ombros largos do pai, atleta esbelto cinturão negro de karate.
È muito bom o meu Bruno Daniel, respeitador, educado, cumpridor, responsável.
È um homem que enche de orgulho a familia e de amor a namorada de há muitos anos e com quem ia casar já no próximo sábado.

25 de agosto de 2010

Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Mediática



O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das "10
estratégias de manipulação" através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos
conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética."Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".


2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.


Este método também é chamado "problema-reação-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer
aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo,privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá
melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e deaceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de
baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou
menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranqüilas")".

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar
e inculto...

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor
o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

21 de agosto de 2010

UM VÓMITO

Mário Soares não gostou do «reaparecimento público» deFidel.
Porquê?: porque Soares não gosta de Fidel - e muito menos de o ver vivo...
Soares não gostou do discurso de Fidel.
Porquê?: porque Fidel «não disse nada de importante» - eSoares só gosta dos discursos que digam coisas importantes, como os do Obama e os dele próprio...

Para além disso, pergunta Soares, do alto das suas bochechas flácidas, «Em que qualidade falou? Como velho líder, há meio século, ou como proprietário de Cuba?» - e responde: «Não o disse. Porque realmente não disse nada».

Posto isto, Soares embala na espiral de provocações em que é exímio praticante, ao mesmo tempo que recorda «Fidel há cinquenta anos»; recorda a viagem que fez a Cuba, em 1964 e que o deixou «pessimamente impressionado» com aquele «comunismo à soviética, puro e duro».
E recorda que «muito mais tarde, bastante depois da normalização democrática portuguesa, que se seguiu ao delírio do PREC» - ou seja, depois de ele, Soares, ao serviço da CIA, ter encabeçado a contra-revolução que liquidou Abril e recolocou Portugal nas garras do imperialismo norte-americano - encontrou-se com Fidel «numa reunião da Comunidade Ibero-Americana», na qual também participou Cavaco Silva, então primeiro-ministro.
Diz Soares que, no decorrer da reunião, «Fidel queixou-se da falta de solidariedade para com Cuba, dos países presentes. E citou Portugal, cuja Revolução ele disse ter ajudado».
Ora, perante isto, a «coragem» do Soares não se fez esperar - como é sabido, Soares sempre foi muito«corajoso» no combate aos comunistas e não tão corajoso no combate aos fascistas (talvez por saber que os comunistas não lhe faziam mal e que os fascistas eram capazes de lhe mandar umas taponas ou até mais...).
«Coube-me responder-lhe», declama Soares.
E respondeu assim a Fidel: «O Senhor não ajudou a Revolução, ajudou o PCP, o que é diferente, porque quis fazer de Portugal uma Cuba europeia» - e acrescentou mais umas quantas provocações típicas de um agente da CIA em exercício.
Ora, perante tanta «coragem», Fidel ficou sem palavras... ainda tentou responder-lhe, «mas o Rei de Espanha resolveu interromper a sessão e convenceu Fidel a não responder...»
E pronto, a «coragem» de Soares venceu a «cobardia» de Fidel...

Criado para todo o serviço do capitalismo explorador e opressor, Soares é assim: uma criatura repelente, nojenta, execrável, abjecta - um vómito.
Retirado daqui: http://cravodeabril.blogspot.com

12 de agosto de 2010

ORDEM DO DIA

Sidónio Muralha
Homens novos temperados pela guerra,
das fábricas enormes e cinzentas
- rasgai poema na terra
com as vossas ferramentas!

Homens das oficinas e dos cais,
dos campos e da faina sobre o mar
- porque não ensinais
os poetas a cantar?

Algemados - não importa por que leis -
seja qual for a vossa raça e a vossa casta,
vinde dizer o que sabeis!
- Por agora é quanto basta.

Vinde das minas, dos fornos, das caldeiras,
vergados da descarga do carvão!
Vinde! Porque chegou enfim o dia
de apressar a tarefa inconcluída!

- E a poesia, esta poesia,
é um facho que vai de mão em mão
pelos caminhos da vida.
NR via e-mail

10 de agosto de 2010

Cenários da crise à portuguesa - CGA.


O ex-ministro da Administração Interna de Santana Lopes é o campeão das reformas milionárias este ano. Daniel Sanches vai reformar-se em Setembro da Procuradoria-Geral da República com uma pensão mensal de 7.316,45 euros, revela o jornal.

Daniel Sanches junta-se assim a outros antigos governantes com reformas douradas, como Eduardo Catroga (9.693 euros) e Correia de Campos (5.524 euros) e Luís Filipe Pereira (5.663 euros).
Enquanto isso, vão passando a informação pelos meios que dispões, que nós o povo, nada nos vale, pois quando chegar a nossa altura, já nem reformas teremos... a ilustração acima, não fica muito longe da actual realidade.

Os submarinos não voam Sr.º Ministro Rui Pereira,

...os F16 não apagam fogos Sr.º Ministro, você e o seu (des)governo não passam de parasitas...

9 de agosto de 2010

Che Guevara (Frases_4)

"A mercadoria é o núcleo econômico do sistema capitalista e, enquanto ela existir, seus efeitos se farão sentir na organização da produção e, conseqüentemente, na consciência."

Com este (des)governo não vamos longe.


Quanto mais exigirem do povo mais o nosso portugal se desmorona.

Alemanha - um bem nunca vem só...

A impulsionar as exportações da Alemanha estiveram a retoma global e a queda do euro. Desde o início do ano, a moeda única já perdeu 7,3% face ao dólar, o que tornou as exportações germânicas mais competitivas fora da zona euro.

8 de agosto de 2010

Até que, um dia a coisa muda. E operário vencerá!!!

"Cartoon de Vasiliy Alexandrov - Russia"

Uns fazem da crise fonte de lucro, outros enterram-se ainda mais nela.

"oh Sr.º Ministro e o burro sou eu?"

Rui Pereira apelou hoje a um comportamento mais cuidadoso de todos, sublinhando que há fogos a deflagrar "mesmo à noite". in Económico

- Houve lá oh ministro, tu não achas que há mão criminosa, tipo "sucateiro". Não seria melhor investir em meios de prevenção e combate aos fogos do que em submarinos e+ equipamento militar, ao que parece a nossa guerra são os fogos, e não países que sejam alvos da agressão dos EUA/NATO.

Saúde - Privada & Ilegal

A responsabilidade é de? Ninguém...
O lucro, sim, tem sempre um dono selvagem! Mas,
o prejuízo será por tua conta:
Exija-se um:

7 de agosto de 2010

"História de Mulher"

Doutoras
“Não se preocupe por não poder dar aos seus filhos o melhor de tudo... Dê a eles o seu melhor.”

Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.

Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.

O funcionário insistiu: "o que eu pergunto é se tem um trabalho."

"Claro que tenho um trabalho", exclamou Anne. "Sou mãe."

"Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar dona de casa", disse o funcionário friamente.

Uma amiga sua, chamada Martha soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo.

Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.

O formulário parecia enorme, interminável.

A primeira pergunta foi: "qual é a sua ocupação?"

Martha pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:

Ant.º Dias Lourenço - Adeus, (oh) "Je mon vais"

Vídeo da sua fuga de Peniche, contado na primeira pessoa:
Fuga de Peniche : O Segredo
Vídeo: 1/4; 2/4; 3/4; 4/4.
Biografia:
António Dias Lourenço, que hoje, sábado, morreu aos 95 anos, nasceu em Vila Franca de Xira em 1915, foi torneiro mecânico de profissão e aderiu ao Partido Comunista Português em 1932, com 17 anos de idade.

A privatização do BPN custa 4 mil milhões de euros.

O BPN custou aos portugueses 4.200 milhões.
O Governo vende BPN por 180 milhões.
Os portugueses e o país fica mais pobre em 4.020 milhões.
JN - recorte da capa.

6 de agosto de 2010

Hiroshima e Nagasaki em 3D - com fotos de 1945/2010

Há 65 anos o mundo testemunhou um dos mais hediondos crimes contra Humanidade.
6 e 9 de Agosto - os dias em que Hiroshima e Nagasaki foram reduzidas a cinzas após o lançamento, pela primeira vez na História, de duas bombas atómicas - são duas das mais negras páginas da História Mundial que não devem nem podem ser esquecidas. Artigo com vídeo.
Para que não se esqueça Hiroshima e Nagasaki foi criado um arquivo digital interactivo. Visualize aqui.
Google Earth
Exemplo de foto de 1945 que pode visualizar...

Combustíveis mais caros na próxima semana.

Outra vez? Sim, com a desculpa de sempre: O comportamento dos mercados.


Ora, como dá lucro e muito, o governo faz questão de privatizar a Galp. De certeza com a boa intenção de baixar o preço do combustível e dinamizar a economia nacional...

Privatizar é errado. Confira o caso dos transportes da AML (Área Metropolitana de Lisboa)

Um Estado que privatize tudo, deixa de ser um estado social e passa a ser apenas um Estado Repressivo...

Um estado sem recursos, salvo os impostos de quem trabalha, não tem capacidade para disponibilizar serviços gratuitos, como Educação, Saúde, ..., inclusive transporte publico:

Saúde - O bom exemplo dos privados está aí:

Fazem "cócó" e em vez de limparem... não, optam por ir "cagar" noutro lugar.
«Quatro doentes em risco de cegar após operação em clínica privada»
A infecção grave surgiu após cirurgias oftálmológicas feitas numa unidade holandesa em Lagoa, no Algarve, que entretanto, fechou... Clínica estava ilegal por falta de registo na Entidade Reguladora.

Retirada de parte dos soldados do Iraque até final de Agosto...

«O sacrifício americano»

São uns sacrificados estes «americanos»: sempre, sempre a semear democracia, liberdade e direitos humanos por tudo quanto é sítio - numa sementeira de sacrifícios que, no Iraque, provocou a destruição do país e a morte de centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes.

Aliás, o «sacrifício americano» não é de hoje: tem tantos anos de idade quantos tem a ambição do imperialismo norte-americano de domínio do mundo, com o implacável vale-tudo a que é uso recorrer para concretizar essa ambição. Artigo de José Casanova, na integra aqui.
Imagem surripiada aqui, aproveite e leia também lá o artigo.

5 de agosto de 2010

"Saudades! Quem é que tem saudades desta gente?"

Portas vende arma ao desbarato.
Concepção e projecto de produção custaram milhões. Em 2004, o Ministério da Defesa, então liderado por Paulo Portas, vendeu, por 50 mil dólares, uma pistola-metralhadora criada em Portugal. Fonte: CM

E os submarinos pá, ... não se podia evitar pá!?
Ele quer lá saber... do país e do povo...

Canção do Pedaço de Esperança.

Sou operário da pena.
Outros o são da enxada,
do martelo.

Que cada um crie
com a sua ferramenta um pedaço
de esperança.
NR via e-mail

Recordando Salazar...

Já que insistem em recordar Salazar por tudo e quase nada.
Sugiro a leitura deste artigo, para que possam ficar com uma pequena ideia: Da fome, da miséria que justamente nos faz lembrar a de ontem, a de Salazar.

Viva o 25 Abril! Exija-se de novo! Exija-se o cumprimento da constituição!

nota:
Devemos todos aproveitar e "recordar Salazar", Esclarecendo!, só assim será possível ultrapassar o dogma.
Acedi ao referido artigo passando pela Outra Margem.
Refeição a bordo de um bacalhoeiro. Arquivo do Museu Marítimo de Ílhavo.

4 de agosto de 2010

O desemprego baixou.

Voltam de novo à carga, tapando o sol com uma peneira.
O caso é tanto complicado como o quanto o tentam esconder.
Bem podem comparar em números de desempregados de um mês para o outro e imediatamente falarem em percentagens em relação ao ano anterior, tentando ludibriar a malta.

Os números dizem que o emprego diminuiu em 3 mil desempregados no mês de Junho face ao mês de Maio de 2010. No entanto o mês de Junho tem a mais 61 mil desempregados face ao mesmo mês do ano de 2009. Perceptível portanto. O emprego não pára de subir, o trabalho temporário no verão é que teve essa tendência... E a verdade está aí, com Portugal ocupar o 3º lugar na UE como o país com mais trabalho temporário. (...) Só coisas boas portanto!

Taxa de desemprego:
Abril 2009: 9,2Abril 2010: 10,8
Maio 2009: 9,4Maio 2010: 10,9
Junho 2009: 9,7Junho 2010: 10,8
Número de desempregados:
Maio 2009: 519Maio 2010: 599
Junho 2009: 535Junho 2010: 596

3 de agosto de 2010

A camisa verde

O que me pareceu muito curioso foi que por mais de uma vez a comunicação social a que acedi se tenha mostrado especialmente sensível à camisa que Fidel envergara pelo menos numa das suas últimas saídas. Mais precisamente, à cor da camisa: era verde. Parece que aquelas camisas, verdes talvez da cor da vegetação de onde saiu um dia a revolução libertadora, implicam uma sugestão de combate que aparentemente impressiona alguns, porventura por terem consciência de haver bons motivos para que sejam combatidos.

De qualquer modo, a verdade é que Fidel não vinha armado, não trazia um revólver à cintura, muito menos uma metralhadora nas mãos octogenárias. Trazia apenas uma camisa. Verde. E o seu olhar: olhar de um homem que viu o seu país libertado quando todo o mundo ainda o via irremediavelmente entregue à exploração brutal sobre ele exercida pelo grande império da região, isto é, o olhar de um homem que vê mais longe. E pareceu-me, com razão ou sem ela, que a combinação daquela camisa, verde, e daquele olhar, resoluto e lúcido, suscitou um frémito de apreensão pelos quatro cantos do mundo. (...)

...pois agora, quando as coisas iam tão bem, aparece aquele homem em público. Vivo, manifestamente vivo, contrariando todos quantos durante anos e anos lhe vêm desejando a morte. E com uma camisa verde. Verde de combate, Verde de resistência. Verde de dizer ao mundo que Cuba está ali, e prossegue, e continua a ser credora de uma solidariedade que heróica e longamente mereceu. Verde de dizer «Si!».

Artigo aqui adaptado.
Do original de Correia da Fonseca no Avante! Consulte aqui.

A CAMISOLA

Sou filho de família muito humilde,
tão humilde que duma cortina velha
me fizeram uma camisola. 
Vermelha.
E por causa dessa camisola
nunca mais pude andar pela direita.
Tive de ir sempre contra a corrente,
porque não sei o que se passa,
que todos que a enfrentam
vão sempre de cabeça ao chão.
E por causa dessa camisola
não mais pude sair à rua
nem trabalhar no meu ofício
de ferreiro.
Tive de ir para o campo à jorna,
pois assim ninguém me via.
Trabalhava com a foice.
e apesar de todos os males,
sei trabalhar com duas coisas:
com o martelo e a foice.
Quase não compreendo como a gente
quando me via pela rua
me gritava: Progressista!
Eu julgo que tudo era
causado por ignorância.
Talvez noutra circunstância
já tivesse mudado de camisola.
Mas como gosto muito dela
porque é quente e me consola,
peço-lhe que nunca se faça velha.
NR via e-mail

Saudação aos Imigrantes Portugueses

O Secretário-Geral do PCP envia uma mensagem aos emigrantes portugueses onde saúda os muitos milhares de portugueses que, tendo partido para o estrangeiro em busca de uma vida melhor, regressam agora, neste período de verão, para um merecido período de férias junto da família e dos amigos. (...)

...na certeza de que todos os portugueses e as suas famílias podem contar com o PCP.

Férias - Não está em causa se dentro ou fora,

...mas sim se a vida o permit€.
Com o aumento da pobreza, sobretudo a partir de 1 de Agosto para os portugueses, serão ainda mais os que: "férias, nem velas".
Agora, para servidores do grande capital que se fazem "passear" o ano inteiro, até sabe bem passar umas  férias em "casa". Justo seria, saber quanto custará essas férias?
*A mensagem para as grandes férias de Agosto é de contenção. Os líderes preferem destinos de proximidade para dar o exemplo.

2 de agosto de 2010

Portugal entre as sopas e os submarinos

Portugal, o país da fome!
Miséria «Há técnicas para enganar a fome, sabe? Beber café ou chá, muita água, comer papel, pacotes de açúcar ou os saquinhos de ketchup do McDonalds.»

Angústia «Trabalhei toda a minha vida, a minha filha estudou e tinha emprego, vivíamos bem. E agora esta vergonha, ter de pedir comida para não morrer.»

Mingua «Habituei-me a ir comendo pouco. Ontem comecei a comer o almoço e soube-me tão bem que me apeteceu comê-lo todo. Mas eu não posso.»

O Operário e a guerra

Os trabalhadores, os operários tudo constroem;

O seu suor e o seu sangue estão também incorporados nas armas. 

As espingardas e metralhadoras; as balas e granadas; os canhões e as bazucas; submarinos e porta-aviões; os mísseis e as bombas; carros de combate helicópteros. 

Tudo tem a mão do operário. 

E tudo isto lhe é “oferecido”, lhe é facultado; de tudo isto pode usufruir para fazer a guerra, para matar. 

É, provavelmente, a única coisa no mundo que o operário produziu e lhe é colocado nas mãos para matar outros operários, para matar povos inocentes e indefesos. 

Directamente nada tem de pagar pelas armas, apenas e só o seu corpo e o seu sangue derramado em defesa dos interesses dos que lhe ordenaram que fizesse a guerra. 

O dia virá em que, tomando consciência da sua condição, do seu papel no mundo, o operário dirá: BASTA! 

E, nunca mais uma única arma será utilizada para matar os seus “irmãos”.

" Um de Agosto, o dia que os pobres ficaram + pobres"

Diz o governo que não há dinheiro. Nós dizemos é uma falsidade! Está é mal distribuído. Acabe-se com a cruel injustiça fiscal portuguesa e vão buscar recursos onde eles efectivamente existem. Bastaria o governo aceitar as nossas propostas – as propostas do PCP!
Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Faro, Comício

ELÉCTRICO - XLII

(Um momento de filosofia barata)
José Gomes Ferreira
Para além do «ser ou não ser» dos problemas ocos,
o que importa é isto:
- Penso nos outros.
Logo existo.








NR via e-mail

1 de agosto de 2010

Liberdade, Igualdade, Fraternidade...

...esse é o lema sob o qual vivem 64 milhões de habitantes na França. Bem seria se não houvesse maus exemplos como os que se viveram recentemente em Paris.

Dantes ainda disfarçava,

...com esta idade já não suporto... As convicçõ€s essas, mantenho-as.
Assumo que para além de gostar de Obama e Pedro Passos Coelho, sei que José Sócrates está a fazer um bom trabalho. Na altura não consegui ir tão longe... apesar de me esforçar, como sabem.
Mas os comunistas pá, na largam.

Ainda assim, podíamos vir todos pra rua...

(...) «Basta de gente que ganha num dia aquilo que outros ganham num ano. Tem que haver alguém que ponha cobro a isto e que tenha coragem.» (...) «O investimento deve ser feito em bens verdadeiramente úteis e não em realidades virtuais, que estiveram na base da crise financeira mundial.» (...) «É preciso ultrapassar o capitalismo neoliberal, pois a crise é também uma crise de valores.»
Anabela Fino
As palavras são do bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, que a semana passada desafiou os políticos portugueses a abdicar de 20 por cento dos seus salários em benefício de um fundo social. A proposta surgiu no seguimento da reunião extraordinária do Conselho Consultivo da Pastoral Social que pediu «mais responsabilidade social e política perante a crise» e «soluções corajosas» para a ultrapassar.

Mesmo considerando, numa leitura mais fina, que o bispo poderia ter ido muito mais longe – e logo aproximar-se muito mais da verdade – se tivesse dito, por exemplo, que «basta de gente que ganha num dia aquilo que muitos e muitos outros Não ganham numa vida inteira de trabalho», há que reconhecer que não é difícil – diria mesmo que é bastante fácil – comungar das opiniões reproduzidas acima. O que é difícil, isso sim, é conjugar estas palavras com o resto do discurso do eclesiástico que actualmente tutela a acção social da Igreja e, sobretudo, conciliá-las com a prática da Igreja católica.

Com efeito, na mesma entrevista em que reconheceu a escandalosa injustiça da repartição da riqueza e invectivou os gestores que ganham ordenados «obscenos» – palavras suas – o bispo Carlos Azevedo também disse que «a crise é tão grave que não poderemos superá-la uns contra os outros: empresários contra sindicatos, sindicatos contra patrões, Governo contra Oposição e Oposição contra Governo.» A solução? Um «pacto social sustentado e justo» entre cidadãos, partidos, sindicatos e empresários. Houve quem, como Mário Soares, se confessasse «impressionado» pela «lucidez e coragem» de D. Carlos Azevedo e, sem rebuços, «aplaudisse». Outros, menos exuberantes, foram dizendo «nim», que isso de fazer caridade pode ser muito católico mas 20 por cento sempre é 20 por cento, mas lá que um pacto dava jeito, isso dava... 

Pois é, milénios de vida têm essa vantagem: num parágrafo alimenta-se a sede de justiça dos oprimidos, noutro cuida-se dos interesses dos opressores. Porque isto de pactos entre patrões e sindicatos, exploradores e explorados, direita e esquerda, algozes e vítimas não passa de poeira para os olhos destinada a prevenir o que de facto assusta a Igreja, ou seja o reconhecimento de que «situações extremas de pobreza e de fome podem conduzir à revolta e à violência, numa sociedade de desigualdades», como bem alertou o bispo.

Para a Igreja, o que está em causa não é acabar com a exploração, é torná-la suportável; não é acabar com a miséria, é mantê-la controlada; não é pugnar pela justiça social, é criar mecanismos de escape para aliviar a pressão. Daí a proposta dos 20 por cento, que afinal mais não é do que a reafirmação do princípio de que sempre haverá ricos e pobres ou, dito de outro modo, uma sociedade de classes em que uns vendem a força de trabalho ou estendem a mão à caridade, e outros se apropriam do lucro.

De facto, já basta! Mas esta realidade só a luta a pode alterar.
nota: apenas a imagem e o sentido desta. E não as personagens que esta refere, pois ao que parece, estiveram do outro lado da barricada e noutro país. Salvo erro América Latina. Pretendo deixar apenas a ideia que seria útil que tb estas se juntassem à luta por um mundo melhor e terreno, pois o outro lá estará (ou não) à espera.

Os trabalhadores tudo constroem


Os trabalhadores tudo constroem; penam eternamente; o seu suor e o seu sangue são o cimento de todas as edificações do mundo; mas pouco recebem em troca, eles que dedicam todas as suas forças do eterno ímpeto de construir, ímpeto esse que obra milagres na terra, mas que no entanto não fornece um tecto aos homens e lhes dá muito pouco de comer. 

Os escravos foram sempre os mesmos; submetiam-se sempre; alimentavam-nos sempre mal, mas realizaram sempre tudo quanto é prodigioso, enfrentando por vezes aqueles que os obrigavam a trabalhar, embora na maioria dos casos os amaldiçoassem e se revoltassem de quando em quando contra os seus senhores… 

Tudo, mas mesmo tudo, o que existe foi construído com suor e o sangue de milhões de trabalhadores. 

As fábricas com suas máquinas, as pontes e estradas, hospitais e escolas, palácios e simples casam, os automóveis e camiões, comboios e aviões, pequenos barcos e grandes cruzeiros, os jornais e computadores, rádios e televisões, o que comemos e o que vestimos…tudo, mas mesmo tudo, tem a mão do operário, do trabalhador. 

Era justo e mais que justo o trabalhador usufruir de tudo o que produziu. Mas não, assim não é. 

Quer utilizar as estradas; tem de pagar. 

Quer utilizar os hospitais; tem de pagar. 

Quer educar os filhos; tem de pagar. 

Quer um automóvel; tem de pagar. 

Quer um computador; tem de pagar. 

Quer uma televisão; tem de pagar. 

Quer uma casa para habitar; tem de pagar. 

Quer deslocar-se de avião ou embarcar num cruzeiro; nem pagando porque não tem possibilidades de usufruir do que com o seu suor construiu. 

O dia virá em que, com a sua luta, o trabalhador tomará nas suas mãos tudo o que construiu e então, sim, poderá usufruir de tudo o que produziu e que ao longo dos séculos lhe tem sido negado. 

"Venha a nós o Vosso Reino"

Na Igreja mais ortodoxa, a fé é um simples ponto de partida. O «caminho» apontado vem depois e é implacavelmente o da obediência absoluta aos superiores e a completa lealdade e fidelidade aos princípios da Instituição, como é o caso da ordem
Os «Legionários de Cristo» e a velha conspiração.
Jorge Messias no Avante!
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