Sidónio Muralha
Homens novos temperados pela guerra,
das fábricas enormes e cinzentas
- rasgai poema na terra
com as vossas ferramentas!
Homens das oficinas e dos cais,
dos campos e da faina sobre o mar
- porque não ensinais
os poetas a cantar?
Algemados - não importa por que leis -
seja qual for a vossa raça e a vossa casta,
vinde dizer o que sabeis!
- Por agora é quanto basta.
Vinde das minas, dos fornos, das caldeiras,
vergados da descarga do carvão!
Vinde! Porque chegou enfim o dia
de apressar a tarefa inconcluída!
- E a poesia, esta poesia,
é um facho que vai de mão em mão
pelos caminhos da vida.
NR via e-mail
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