«Ao Domingo com... Zita Seabra» é o título de uma rubrica do Jornal de Notícias
Na última edição, Zita Seabra conta-nos um «fim-de-semana em Moscovo» - cidade que ela já não visitava desde os tempos do... «comunismo»...
Acompanhada pelo «amigo de sempre José Milhazes» - olha que dois!... - Zita percorreu a cidade à procura das«mudanças destes anos de Rússia livre».
E encontrou-as (às mudanças) mal pôs o pezinho na Praça Vermelha. Lá estavam as «igrejas» construídas (ou reconstruídas, nos casos das que foram destruídas por Stáline). E as «montras» - ah!, as montras, que beleza de montras!, autênticas irmãs gémeas das «montras da 5ª Avenida de Nova Iorque», exclama Zita extasiada, lembrando que ali, onde no tempo do «comunismo» existiam os horrorosos «Armazéns do Povo», existe agora «um lindíssimo centro comercial cheio de lojas de todas as marcas»!!! - de todas as marcas, ouviram!?...
Enfim, conclui Zita deslumbrada: «Moscovo é hoje uma cidade com poucas marcas do passado comunista e que vive entre o reencontrar da velha alma russa e a vontade de olhar o futuro assente nos valores da normalidade da liberdade».
Zita está cheia de razão.
De facto, a confirmar a inexistência de «marcas do passado comunista» e a existência dos «valores da normalidade da liberdade», lá estão:
a prostituição (para consumo interno e para exportação); o tráfico e o consumo de drogas; as máfias dominantes; a exploração desenfreada; o desemprego; a falta de instrução para todos; as grandes, grandes fortunas e as grandes, grandes pobrezas; a miséria, a fome; a falta (ou ausência) de cuidados de saúde e a respectiva quebra da esperança de vida, etc, etc, etc. Ao ler o artigo, dessa senhora, que não me merece o mínimo de respeito, fiquei com a ideia que arrasaram aquilo tudo e voltaram a construir de novo.
Sim e é verdade, a União Soviética foi praticamente arrasada pelos nazis, na 2ª guerra mundial, e foi totalmente reconstruída pelo seu Povo.
As igrejas de que essa senhora fala, já existiam nos anos 80, bem preservadas e sem restrições algumas em serem frequentadas.
Tudo o que existe em Moscovo e no restante país foi obra do tempo do Comunismo.
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