Não,
não basta estar vivo.
Há mais na vida do que viver.
Nenhum não basta,
quanto todos os sim não chega.
Estar vivo
é uma folha mortal à deriva
no exacto das coisas imortais.
É um nó cego
para subir escadas surdas.
É um fogo
do destino escondido
na garganta dos porquês inacabados.
Viver
é um adeus inalterável.
É um chegar admirável.
É chão
de frutos apeados
num canhão que nos dispara em frente.
Vida não é só viver.
Viver,
é nada ficar por dizer.
Vida,
é nada ficar por fazer.
Até sempre…
Surripiada a Henrique Fernandes aqui.
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