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A noticia em si, só o é, porque os limites da decência, ou antes, a falta deles, é a grande arma dos governos sem ética nem moral, como é este PS/Sócrates/Passos Coelho. Bem podem os propagandistas do governo e os seus ideologos clamar por distribuição de sacrificios iguais, mas a prática permanente do contrário corta-lhes qualquer ponta de vergonha.
É evidente que a chamada de alguns boys a lugares de relevo (não de saber, nem qualidade) mas de quantidade de dinheiro a embolsar, é sempre feita com severos critérios de jústiça pessoal de algum ministro ou Secretário de Estado, nomeadamente de favores prestados ou a prestar a alguém que por motivos partidários e ocultos compromissos, não pode dar a cara.
Não é também novidade que, ao nível do Ministério das Finanças, muitos dos lugares e saberes da máquina fiscal e alfandegária, são sempre ocupados por fieis defensores do bloco central e não raras vezes, tanto militantes como simpatizantes do PS/PSD ou CDS, são rodados sempre em lugares chaves para o cumprimento atempado de favores. E quando por razões de qualidade técnica e nível profissional do pessoal do Ministério ou da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais não é possível ignorar quadros (pessoas) que são excelentes profissionais e pessoas de alta honradez civica, aí se invoca uma figura tão tipica dos politicos (perfil e confiança pessoal).
O pior, é que perfil e confiança pessoal é sempre paga por nós contribuintes e por valores que só a estes sem vergonha se pode dizer que é qualidade técnica.
Eu sou do tempo que um Senhor (José Oliveira e Costa) foi Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (cujo alcunha dentro dos Impostos era o de Zeca Diabo), foi tantas vezes invocado em situações de mais que duvidosa atitude (tipo José Sócrates actual) e que depois deu naquele magnifico e benemérito banqueiro (Presidente do BPN) e que tantos amigos na altura lhe apadrinharam a grande visão de patriota e conhecedor dos problemas, mas que agora se fizeram cair no esquecimento.
A máquina fiscal portuguesa só pode ser justa e séria se os seus profissionais forem incentivados e respeitados na sua função. Durante anos, o poder politico foi o primeiro agente da inércia, promotor encapotado da cultura à fuga e evasão fiscal e ao estrangulamento dos cidadãos e empresas que não se dispôem à vilania e ao compadrio.
Aqueles que não contribuem para as máquinas partidárias do poder, não podem contar com uma administração fiscal imparcial e justa, porque os seus funcionários são bastantes vezes colocados em menoridade em face do poder económico e são pressionados externa e às vezes internamente para agir em função de interesses egoístas e imorais.
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