Se Portugal está assim tão necessitado de «poupar», como pode o primeiro-ministro atirar à rua esta enxurrada de milhões, exactamente os que se perdem – ou deixam de se produzir - nas «tolerâncias de ponto»?
Se essa «urgência de poupar» justifica este novo e selvático assalto do Governo aos salários, pensões e nível de vida dos portugueses, como é que não impôs ao primeiro-ministro a «indispensabilidade» de não desperdiçar fortunas do erário público com «tolerâncias de ponto» que, se não são inexplicáveis, serão pelo menos claramente dispensáveis?
Se essa «urgência de poupar» justifica este novo e selvático assalto do Governo aos salários, pensões e nível de vida dos portugueses, como é que não impôs ao primeiro-ministro a «indispensabilidade» de não desperdiçar fortunas do erário público com «tolerâncias de ponto» que, se não são inexplicáveis, serão pelo menos claramente dispensáveis?
Anote-se a rasteirice do primeiro-ministro a publicitar medidas político-económicas gravosas a coberto da visita papal que, entretanto, lisonjeara à custa do Orçamento.
É um retrato a corpo inteiro de José Sócrates: um homem que esbanja balúrdios do erário público a promover uma festa, para nela anunciar aumentos de impostos e cortes salariais em nome da «austeridade».(+)
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