Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

15 de maio de 2010

Sacrifícios

Enquanto os países "pequenos" como Portugal são sujeitos a medidas de austeridade, provando-se assim que nada nos valeu aderir a CEE, os países ricos, que nunca nos deixaram de olhar por cima, não estão abertos a ceder-nos nada muito menos a dar-nos qualquer ajuda "fecham as portas à exportação portuguesa" olhando cada vez mais para o seu umbigo, incentivando a procura interna, medida que vai originar ainda mais o nosso isolamento e a dificuldade de pagar qualquer divida externa, reduzir défice, etc.
A culpa não pode morrer solteira. Há que penalizar os que mentem, procuram mostrar-se diferentes mas nas questões de fundo estão sempre de acordo.

Quando se trata de “roubar” os que nada têm, de penalizar os que trabalham, de extorquir as miseráveis reformas aos que gastaram as suas forças a trabalhar, aí entendem-se perfeitamente.

A prova-lo está o casamento entre PS e PSD para imporem mais sacrifícios ao Povo português.

De nada lhes serve pedirem desculpas e apelarem ao sacrifício de todos para bem de Portugal.

Manuel Alegre, por seu turno, não lhes fica atrás dizendo que "não aplaude mas diz compreender o plano de austeridade aprovado pelo governo".

Mário Soares, chamado o pai da democracia, vem defender o governo e esta coligação PS/PSD (percebe-se perfeitamente os rasgados elogios a Passos Coelho) e ainda tem o 
desplante de se orgulhar de nos ter roubado o 13º mês, nessa altura também com o argumento de salvar o País.

A verdade é que nos últimos 33 anos têm sido sempre os mesmos a governar, os mesmos a lucrar e os mesmos a fazer sacrifícios.

1 comentário:

  1. É realmente de um assalto que se trata, é o uso do Estado para roubar os trabalhadores.
    Como é do conhecimento geral, do total dos rendimentos, em 2009 o capital recebeu 62% e o trabalho recebeu 38% (em 1979 o trabalho recebia 48%...). Com estas artimanhas do PEC e restantes medidas restritivas, os trabalhadores e reformados vão pagar 90% da "receita", e o capital 10%!!!!- Que outro nome isto pode ter, se não é um assalto?
    Bem podem esses abutres chorar "lágrimas de crocodilo" e clamar pela inevitabilidade da coisa, mas sacaram quanto puderam, sugaram os apoios do Estado até se engasgarem, por isso agora "choram" por terem a garganta atafulhada dos milhões que lá têm atravessados -
    São os milionários "papa reformas", acumuladas em meia dúzia de anos;
    são deputados ao serviço dos grandes escritórios de advogados, que por sua vez fazem "lobby" pelo grande capital;
    são os "opinion makers", pagos para terem exactamente aquela opinião, etc, etc.
    Passos pede desculpa? - Porquê? Não era ele o administrador do grupo "fomentinvest", que lucrou à fartazana com a esta gestão socrática - como todos os grandes grupos -? Que outro governo é que lhes daria estas benesses? - Nem ele próprio, Passos, quer outro governo, como os militantes e eleitores do PSD já perceberam.
    De Soares já esperamos tudo e o seu contrário, desde que lhe alimentem a fundação para se ir entretendo.
    Mas é necessário lembrar que foi este figurão - Soares - que durante o governo de Durão apelou ao direito à indignação, já não sei porquê, mas de certeza que não teria a gravidade que tem este assalto. E agora apela à resignação?
    Vá dar banho ao cão!
    Todos a Lisboa, dia 29 de Maio!

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