Almoçava eu com uns amigos, num restaurante de Massamá, antes da grandiosa manifestação em Lisboa, veio servir-nos a jovem Sara, uma brasileira bonita, elegante e muito simpática.
Sara, com seu profissionalismo, aconselhou-nos o melhor prato, o melhor vinho, o melhor queijo.
Convidámo-la para ir connosco á manifestação. Com o seu sotaque brasileiro disse-nos; estou trabalhando, não posso ir mas juntem minha revolta á vossa e lutem contra esta politica que tudo rouba aos que já nada têm.
Como seria fáciu resolver tudo isto: baixá os impostos de quem trabalha, aumentá os salários e reformas, investi na produção nacionau, dinamizá a economia, acabá com o desemprego e todo o mundo viveria melhó.
Estou trabalhando aqui faz oito anos mas vou voltá pró Brásiu…
Economistas da nossa praça, alguns ex ministros da economia e das finanças que deram o seu contributo militante para o aprofundamento do fosso entre ricos e pobres, a troco de salários e múltiplas reformas milionárias mas falam como se fossem anjos inocentes, andam numa azáfama diária tentando convencer-nos que a única solução é impor mais e mais sacrifícios a quem trabalha.
Afinal é tudo muito simples. Sara, a jovem brasileira, que nunca estudou economia, sabe qual a solução.
Senhores doutores, vão ao restaurante da Sara e aprendam com gente simples e trabalhadora as formas de sairmos da crise e construirmos um futuro melhor.
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