Quando o carvão luminoso
Do lápis vermelho
Fotografou com beleza
Incólume e branca,
Um novo alvor de madrugar.
Telas duras de meninos que encantam
Buscando na terra gretada de suor
Novas gotas de púrpura seda,
A germinar vida em estrela universal,
Fizeram crescer o sonho, a caminho da vida.
O belo do pensamento livre
Guiando o verbo da coragem
Em força de combate assumido
Para viver de entrega e dádiva,
Fazendo hino ao homem novo.
Tão longo, o tempo de tirania,
Quase fez esquecer as dores
E o tempo de parir outro tempo.
Sóis novos, porém,
Já iluminaram de gestos nobres,
A beleza de crescer em vontade colectiva,
Anulando a besta, com coragem.
Então, com o sol raiado de lutas
E de ferramentas novas
Em mãos unidas – Macias, calejadas e fraternas,
Conduziram em regaços de verdade
Esta menina serena, desejada e sémentada de povo
Liberdade, Abril, Revolução.
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