Mulher branca, mulher negra
De etnia cigana
ou de outra qualquer
Simplesmente mulher.
Mulher bonita,
Mulher elegante,
mulher sedentária ou errante
espelhado no teu semblante
a alegria de ser mulher
Mulher operária e camponesa
ou de outra profissão qualquer,
Mulher explorada e discriminada
Serás sempre mulher
Mulher parida
mulher doméstica, mãe e avó
Mulher jovem, idosa ou de meia-idade
teus seios não amamentaram
Mas serás sempre mulher
Mulher amante,
Prostituta ou companheira
Amada num sítio qualquer
serás sempre mulher.
Mulher ciente, mas amarrada
que luta, que se revolta
Mulher com vontade de crescer
A luta é o caminho
Para um novo alvorecer
E quando esse dia chegar
E não mais amarras houver
Terás muitas a teu lado
e o orgulho de ser mulher.
Viva o dia Internacional da Mulher!
Como sempre, não resisto à satisfação de estar a homenagear a minha mãe, incluindo nela todas as mulheres do mundo, quer no que diz respeito à sua dignificação, como para lhe dedicar palavras afectivas, com estímulo e amor.Então o poema que a seguir escrevo pretende então essa homenagem diária, que tem hoje (08/03/2010) um centenário de nascimento.
ResponderEliminarSuperior audácia é,
Refletir imagem de Amor
quando se desamarram
os elos da verdade e da jústiça.
És tu,
que na busca permanente da bonança
ergues o mastro da esperança
e tomas a bússola da rota segura,
fugindo das despojos da dor
que regam jardins de cadáveres vivos.
Bendita e generosa carne que,
alimenta a elevada e corajosa frescura
de dádiva incansável,
que nunca perde a ousadia de lutar,
de resistir à desgraça
para alimentar o sonho
do igual ao outro.