Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

2 de fevereiro de 2010

Mário Crespo não é dos meus, mas...

Fiz copy/paste deste artigo porque partilho na integra o sentimento do autor e desta forma justifico a publicação do anterior artigo que coloquei sem arrependimento. Foi para alertar para este problema a CENSURA, censura esta à muito praticada contra outros e que ao silêncio são remetidos.
Veja o original neste Blog, aqui

Nota prévia: Por vezes é já com alguma irritação que atiro para o lixo os recorrentes mails que alguns amigos me enviam, com textos de crónicas de Mário Crespo, escritas em vários órgãos de comunicação. Vêm sempre anunciadas por um entusiástico “mais uma do Crespo!”, como se o facto de um jornalista de direita aproveitar todos os centímetros que consegue na imprensa e cada minuto de tempo de antena, para bolçar o ódio vesgo que tem pelo Governo de Sócrates, o transformasse em “um dos nossos”. A verdade é que ele bolça esse ódio por tudo o que lhe cheire a esquerda, mesmo que seja uma esquerda tão “bemol” como é este PS de Sócrates... portanto não, Mário Crespo não é “cá dos meus”. Não gosto de praticamente nada do que escreve, não gosto de praticamente nada do que diz, não gosto de praticamente nada do que apresenta na televisão, por muito que insista em dizer (parolamente) que são conteúdos e “jornalismo de excelência”.



Feita a introdução ao tema, o resto é simples de escrever: isto que se está a passar com o jornalista Mário Crespo é uma canalhice! Um caso a precisar de rigor no apuramento da verdade. É mais uma das canalhices em que este Governo se tem mostrado especialista, mesmo quando tem quem as cometa por ele. É inquietante a deriva autoritária que nunca abandonou a maneira de estar desta gente e a impunidade com que vai eliminando os “incómodos”, um por um, não com argumentos, mas pelo puro, duro e simples afastamento físico.
Mesmo assim, vem-me à memória um poema, normalmente atribuído a Bertold Brecht, que começa mais ou menos desta maneira: «Primeiro levaram os judeus, mas não falei porque não sou judeu... » e reparo que não faço a menor ideia de onde estava Mário Crespo, nem tantos dos que agora se ofendem e solidarizam com ele, nem o que um e os outros “falaram”, quando o jornal que agora o censurou, o Diário de Notícias, decidiu, há bem pouco tempo, livrar-se de vários colaboradores “incómodos” para o Governo, jornalistas, cronistas... que esses sim, ou pelo menos alguns, eram “cá dos meus!”

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