Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

4 de fevereiro de 2010

Na educação ganham os privados

 Governo levou à AR «um mau Orçamento para a Educação, que aposta em políticas votadas ao fracasso», considerou a Federação Nacional dos Professores, num comunicado em que recorda que o sector não teve, nos últimos anos, sequer as verbas consideradas indispensáveis pelos próprios governantes, já que «as palavras nunca tiveram tradução política em medidas e investimento que as confirmassem».
O previsto crescimento de 0,8 por cento «nem sequer restituirá ao sector o peso relativo que tinha no OE de há seis anos». Mas um «dado relevante é o reforço anunciado de 4,8 por cento, em 2010, da despesa com o ensino privado, um subsector que, gradualmente, tem vindo a ganhar uma expressão que já não se resume à supletividade legalmente estabelecida», assinala o Secretariado Nacional da Fenprof, que subscreve a nota de 28 de Janeiro.
A federação cita um relatório recente, revelando que o ensino privado pesa mais em Portugal do que na média dos países da OCDE: no primeiro ciclo do ensino básico, o privado representa 8,5 por cento (2,9 por cento na OCDE); no terceiro ciclo, 5,5 por cento (três por cento na OCDE); no secundário, 13,5 por cento (5,3 por cento na OCDE). Só no México e no Japão, e em alguns graus de ensino nos Estados Unidos, é que o sector privado tem mais peso do que em Portugal.


Num «breve apontamento» publicado no sítio da federação na Internet, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, acusa o Governo actual de pretender «continuar a guerra que, na anterior legislatura, o Governo de Sócrates moveu contra os trabalhadores da Administração Pública - onde se conta a esmagadora maioria dos professores - fazendo-os pagar grande parte da crise com os seus salários e pensões», desta vez contando com o PSD e o CDS, que «não votam contra, abstêm-se, permitindo a aprovação de medidas que também seriam suas». Para impedir «que estas coisas aconteçam impunemente», é «necessário que os professores se juntem aos restantes trabalhadores da Administração Pública e protestem, marcando forte presença na manifestação nacional» de amanhã.

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