Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

25 de fevereiro de 2010

O compasso de espera

Como é habitual quando as coisas aquecem a Igreja recolhe-se em oração cumprindo o sábio princípio
«o silêncio é de oiro»

Perante um panorama social de catástrofe, com a espiral do desemprego e da fome a crescer irresistivelmente, nem mesmo assim sobe dos púlpitos o simples balbuciar de um apagado protesto em defesa dos direitos do povo e dos trabalhadores. No plano ético, cuja condução a Igreja tanto reclama, a mudez dos sacerdotes é também confrangedora. Entretanto, no dia a dia desta sociedade capitalista os escândalos sucedem-se a uma cadência alucinante. A Igreja «pára, escuta e olha», como nas passagens de nível... O voto de mudez do clero mantém-se rigidamente, mesmo quando as famílias recebem o «golpe de misericórdia» do imparável desemprego e, no lado oposto, os bancos têm lucros de 40 milhões por dia!... + aqui
do mesmo artigo:
Relações amor/ódio
Naturalmente que há, por outro lado, importantes interesses económicos que a Igreja tem que resguardar.
Por exemplo, as contra-partidas pagas pelo Estado às instituições católicas somam, anualmente, para cima de
90 milhões de euros em subsídios. Instituições essas que já recebem dotações anuais do Orçamento do Estado, de mais de 1000 milhões de euros ...
É evidente que os interesses económicos são importante mas os imperativos do prestígio e do poder da Igreja vêm em primeiro lugar. Assim, o desfiar do rosário do processo «Face oculta» acaba por chamar as atenções para o modo como, perante certas situações, o comportamento do clero católico pode ser, simultaneamente, flexível e inflexível, em questões de prestígio e de afirmação de poder.
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