Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

2 de fevereiro de 2010

SILÊNCIOS RUIDOSOS…

QUE RAIO DE EMBUSTE É ESTE???
Ouço, e não quero acreditar. Pior, fico até com a ideia que me estão a passar um atestado de indigente mental. 
Não é que, no exacto momento em que o PS se prepara para aprovar o OGE mais retrógrado depois do 25deAbril, daí o consenso de toda a direita, propondo-lhes – a essa mesma direita PSD/CDS - inclusivamente um pacto de legislatura, assumindo assim, publicamente, as reivindicações do grande capital, não é neste momento, dizia, que o cidadão Manuel Alegre, figura proeminente deste mesmo PS, faz a apresentação da sua candidatura à Presidência da República, pretendendo que é uma candidatura em nome da Esquerda, sem que se lhe conheça uma única palavra de condenação deste cambalacho? 
– E aqueles senhores e senhoras que se saracoteiam à sua volta, digníssimos representantes de uma burguesia desnorteada, não param sequer para reflectir sobre o significado de tudo isto? 
Lá está o Zé “que faz falta”, com o seu moralismo de prestamista, tão ocupado a leiloar o espaço público que perdeu a conta ao número de assessores à sua volta; 
Lá está a “Madre Roseta da Lapa”, com o seu permanente discurso “…não, não vou por aí…”, e encontramo-la depois na primeira fila trilhando o caminho atrás rejeitado; 
Lá estão os semedos do costume, radicalmente lutando pelas lentilhas que hão-de sobrar do festim; 
Todos, saltitando alegremente, embasbacados pela grandeza da figura, ofuscados pelo brilho do pechisbeque, dando o seu contributo para mais uma feira de vaidades. 
É realmente necessária uma candidatura de Esquerda, mas que assuma a ruptura com estes serventuários do capital, que assuma o primado da Política sobre a Economia tal como defina a Constituição Portuguesa, que coloque o interesse público acima do interesse privado, isto é, que em nome da Constituição impeça o desmantelamento do Património Público. 
Podem enganar alguns durante todo o tempo; podem enganar todos durante algum tempo; mas não conseguem enganar todos durante todo o tempo. 
Texto de H.G.

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