Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

8 de março de 2010

Nós e o Mundo

Cláudia Raposo
Cada dia que passa chegam-nos notícias de alguma catástrofe natural. Começo a habituar-me que, todas as semanas, ocorra um sismo, um tsunami, furacões, … Porquê? Para saber o porquê, basta fechar os olhos e tentar escutar a Natureza. Em tempos ao fazê-lo, ouvia-se a Natureza a sorrir de alegria, ouviam-se as flores a desabrochar, o sol a nascer, ouvia-se o som da vida. Mas agora… A Natureza está triste, revoltada com todo o mal que o Homem lhe faz. Este queima, afoga, mata, destrói, enfim, comete barbaridades tremendas. 

O ser humano não tem noção do quão importante é a Natureza, para a sua vida, para a vida de todos. É ela que nos dá o ar que respiramos, dá-nos água para matar a sede, comer para saciar a nossa fome. A vida dela é a nossa vida. 

Revolta-me imenso olhar para um mundo que, a cada dia que passa, está a ser destruído por quem mais precisa dele. A Natureza revoltada com toda a sua ingratidão, age dessa maneira, com esses gestos naturais. Isto, talvez, para nos alertar que algo não está bem, que não estamos agir em conformidade com ela. O ser humano esquece-se que basta um gesto da Mãe Natureza, para a raça humana se dissipar da face da Terra. 

A Natureza só se está apoderar e a cuidar do que, em tempos, já foi dela. 

O Homem tem muitas qualidades, mas também tem bastantes defeitos, dois deles a ganância e o egoísmo. Este nunca está satisfeito com o que tem, quer sempre mais, e mais, … Então a forma que este pensa que é mais eficaz para obter tudo o que quer é, tirar aos outros e fazer guerras, e mais guerras, … Para isso, colocam pessoas inocentes, muitas delas crianças, em perigo, aproveitando-se muitas vezes disso mesmo. 

Em todo o mundo existem milhares, milhões de pessoas que não têm que comer, que beber, o que vestir, … Morrem abandonadas, entregues à sua sorte (azar). Levam uma vida cheia de dor e sofrimento, sem saberem o porquê. 

Quem tem coragem de fazer tal barbaridade? 

Têm que ser pessoas muito más, horríveis. Eu era incapaz de fazer tal coisa, fazer mal aos outros em meu benefício. Nunca me iria perdoar, nunca conseguiria chegar à noite e deitar-me de consciência tranquila. Abomino por completo, as pessoas que mal tratam as outras, que se aproveitem dos mais fracos, ou melhor, menos fortes. 
As crianças são as mais frágeis, logo tornam-se mais vulneráveis. Eu adoro crianças. Além de ser mãe, também eu um dia fui criança, sei perfeitamente qual a importância de se ter uma boa infância, para que nos tornemos uma pessoa melhor. 

Todas as pessoas, enquanto pais, incutem na educação dos seus filhos a partilha, o respeito, a ajuda ao próximo, princípios éticos e morais. 

Mas, afinal. O que fazem elas (os pais) no seu dia-a-dia? Onde estão esses mesmos pais? Onde está o respeito, a partilha? Em casa? Ensinam de uma maneira, mas agem de outra? 

Que espécie de pessoas somos nós? 

Em que é que nos estamos a tornar? 

Eu não quero que o meu filho cresça e viva num mundo onde a ganância, o egoísmo reinem! 

Eu quero um mundo onde todos possamos dar as mãos, onde todos estejam unidos por uma única causa: Um Mundo Melhor!

Um mundo onde a Paz, a Alegria e o Amor falem mais alto.

2 comentários:

  1. antonio carvalho09/03/10, 00:17

    o que escreves levou-me a um poema escrito há uma dezena de anos, ao qual chamei "PESADELO" Ei-lo;


    Abri as asas
    e bruscamente caí
    no ninho,
    onde já não estavas.
    Foi a visão do abismo
    em terra violada.

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  2. Amiga... Mais uma vez me comprovaste a pessoa maravilhosa que és... de um espírito lindo...
    Tive o prazer de te conhecer e conviver contigo dentro de uma mesma sala durante 15 longos meses, e hoje, cheguei à conclusão que que a primeira impressão que tive a teu respeito está mais que certa.
    Quem dera à Terra, que a maior parte da população pensasse como tu, como eu, e como muitos mais...
    Continua Amiga... Põe essa tua veia de escritora cá para fora que ainda irei ter o prazer de ler um livro teu...
    Namasté Amiga

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