Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

28 de abril de 2010

Acompanhando de perto a turbulência...

Logo pela manhã apercebo-me de uma senhora, nova por estas bandas e por estas andanças, andava de volta de um dos caixotes; de forma quadrada com um buraco suficiente para que os dejectos em sacos normalmente possam ali ser depositados. Espaço também suficiente para a miséria se introduzir por ali a dentro e matar a “desgraçada”. Quem sabe se a trazida pela falta do pequeno almoço se pela refeição diária. Quente não será, pois os últimos sacos seriam lançados mais ou menos à hora que o Presidente Aníbal, ontem à noite nos entrava pelo ecrã a dentro e com aquele ar sobrancelho que já nos habitou, dejectava:
“Tenho acompanhado de perto a turbulência...”

Dever-se-á referir aos mercados, fechados ou em queda, resta a despensa para quem a tem e o lixo para quem não tem.

E Cavaco ainda acrescenta - “não quero dizer mais nada, estamos aqui para homenagear um grande homem da igreja.” Assunto importante; portanto.

A jornalista insiste com o Aníbal:  - "mas, Srº Presidente, com Portugal à beira da banca rota...”.
Silêncio; e com aquela carinha acompanhada de um virar de costas o presidente conclui-o.
Assunto menos importante; portanto.

A atitude do Economista tem por base o previsto (e que este tá de acordo, óbvio) pelo governo e também pelos 3 partidos mais votados nas ultimas legislativas:

“os portugas, ..., os trabalhadores cada vez em maior numero recorreram aos restos, às migalhas que vão sobejando.”

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