Quem vivia nesse país sentia-se amordaçado pelas forças castradoras .
As pessoas queriam sorrir, mas o riso era proibido, as pessoas
queriam dançar, mas as forças silenciavam a música.
As pessoas queriam chorar, mas as lágrimas murchavam de dor.
E as crianças queriam brincar , mas faltava-lhes um lugar para sonhar.
Um dia , de Abril, tudo mudou…
Ouvia-se pelas ruas , praças e avenidas :
Viva a liberdade! Viva a liberdade!
As ruas enchiam-se de gritos, choros, abraços e sorrisos.
A musica incendiava as ruas… e cantava-se com paixão :
Grândola Vila Morena … o povo é que mais ordena.
E aquele país triste e cinzento, desabrochou…
E os pais , as mães , as crianças, os tios e primos
e os avós juntaram-se numa enorme e redonda roda de liberdade,
e entoavam alegremente… vinte cinco de Abril para sempre.
Texto de Vanda Furtado Marques
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