Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

30 de janeiro de 2010

Desumanização

«hoje, trabalha-se mais, paga-se menos»
"não trabalho escravo"

Mesmo ainda antes de o Código do Trabalho vigorar, beneficiando da conivência do Governo, houve empresas que de forma ilegal impuseram um aumento da carga horária.
Foi o caso da PSA Citroen, em Mangualde, onde a situação pode ser caracterizada na seguinte frase: «hoje, trabalha-se mais, paga-se menos». Dito de outra forma, pegando nas palavras do deputado comunista Miguel Tiago, ao mesmo tempo que os «patrões engordam os lucros, empobrecem os que vivem do seu trabalho».
Com efeito, na PSA Citroen, como em outras empresas, chegou-se ao cúmulo de aplicar um banco de horas através do qual é exigido aos trabalhadores que as licenças de paternidade e maternidade, ou as licenças por baixa médica sejam compensadas à empresa com dias de trabalho não pago. «O que é isto se não trabalho escravo, com a permissão governamental do PS?», inquiriu Miguel Tiago, para quem este banco de horas mais não é afinal do que uma forma de reduzir a remuneração do trabalhador, isto é, obrigá-lo a trabalhar ao fim-de-semana pagando-lhe como se fosse dia normal, ou impor-lhe trabalho nocturno e pagar-lhe a «preço de saldo».
«É hora de assumir que este Código do Trabalho institui a desumanização do Trabalho, que é uma nódoa na história do PS, que assim entrega a vida dos trabalhadores de bandeja ao patrão», sustentou o parlamentar do PCP.

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