Os contentores estão na “moda”, servem para salas de aula, para consultórios médicos, para alojar trabalhadores, deslocados, em obras públicas ou privadas.
As crianças, os jovens, vão aprendendo a ler a escrever e a habituar-se aos contentores para, mais tarde, quando ingressarem no mercado de trabalho , não estranharem se lhes calhar como alojamento o respectivo contentor.
Os que pensam que isso só vai servir para os trolhas, electricistas e carpinteiros, estão enganados. Pelo caminho que isto leva a coisa acaba por generalizar-se.
Nos concursos públicos ganham os que fizerem o preço mais baixo ou os que mais derem por debaixo da mesa. Devia ser obrigatório incluir nos contratos o alojamento digno para os que vão executar as obras – os trabalhadores.
Desde meninos somos formatados para aceitar e não para construir o futuro.
Nas escolas é o toque da campainha para entrar e sair das salas de aulas, é o cartão de ponto para ter acesso à escola.
No trabalho entra-se e sai-se ao toque da sirene e lá está o relógio de ponto para inserir o respectivo cartão.
As fardas, contestadas nos anos 70, voltaram a estar na ordem do dia – batas iguais para todos os meninos, diferentes para os auxiliares, de outra cor para os educadores...
Em Inglaterra os alunos andam fardados, o chefe de turma veste de igual mas usa gravata.
Nas fábricas o operário/operária vestem “fato-macaco”, o chefe usa bata e o director não dispensa a gravata.