Além!

Porque o silêncio é às vezes o caminho mais dificil, é preciso encontrar avenidas de tambores a rufar entre tantas mordaças, para construir a sempre inacabada e desejada felicidade, de viver sempre a juventude presente. Tempo de desejo é sempre tempo de Futuro.

6 de janeiro de 2010

OS CONTENTORES

Os contentores estão na “moda”, servem para salas de aula, para consultórios médicos, para alojar trabalhadores, deslocados, em obras públicas ou privadas.

As crianças, os jovens, vão aprendendo a ler a escrever e a habituar-se aos contentores para, mais tarde, quando ingressarem no mercado de trabalho , não estranharem se lhes calhar como alojamento o respectivo contentor.

Os que pensam que isso só vai servir para os trolhas, electricistas e carpinteiros, estão enganados. Pelo caminho que isto leva a coisa acaba por generalizar-se.

Nos concursos públicos ganham os que fizerem o preço mais baixo ou os que mais derem por debaixo da mesa. Devia ser obrigatório incluir nos contratos o alojamento digno para os que vão executar as obras – os trabalhadores.

Desde meninos somos formatados para aceitar e não para construir o futuro.

Nas escolas é o toque da campainha para entrar e sair das salas de aulas, é o cartão de ponto para ter acesso à escola.

No trabalho entra-se e sai-se ao toque da sirene e lá está o relógio de ponto para inserir o respectivo cartão.

As fardas, contestadas nos anos 70, voltaram a estar na ordem do dia – batas iguais para todos os meninos, diferentes para os auxiliares, de outra cor para os educadores...
Em Inglaterra os alunos andam fardados, o chefe de turma veste de igual mas usa gravata.

Nas fábricas o operário/operária vestem “fato-macaco”, o chefe usa bata e o director não dispensa a gravata.